A Chapecoense vive o dia mais triste de sua história. O maior desastre áereo do futebol brasileiro chocou o país na madrugada desta terça-feira (29), quando o avião que carregava a delagação catarinense caiu na Colômbia, matando 75 das 81 pessoas à bordo. Como reação, união por parte de centenas de clubes, nacionais e internacionais. Curiosamente, união esta que é um dos principais valores defendidos por Indio Condá, o mascote do Verdão do Oeste.

A história tem relação direta com a primeira casa da Chapecoense: o Estádio Índio Condá. O nome é uma homenagem a um dos grandes líderes dos Kaingang no Oeste de Santa Catarina: Vitorino Condá. Diz a lenda que o cacique que lutou para que seu povo tivesse direito à terra junto ao governo brasileiro. Os colonizadores que chegavam à região iam se apossando das terras atrás de titulação do governo.

Vitorino conseguiu garantir que os Kaingang continuassem no local. Hoje, a Aldeia Condá fica a aproximadamente 15 quilômetros do centro de Chapecó e seu nome é visto como símbolo de união e paz. Apesar de ser um símbolo de resistências, carrega valores que são importantes nos tempo atuais e - principalmente - para o momento atual que vive a Chapecoense.

"Os ancestrais contam que ele foi um índio muito esperto e que teve toda a liderança da redondeza. Na história fala que ele comandava três reservas e onde passava era respeitado. Era um homem de muita coragem. Quando descobrimos que viríamos para cá (em 1999) o pessoal não queria usar o nome de Condá, mas colocamos que ele foi um homem de muita coragem. Ele foi um homem de muita força e coragem. Para nós isso é muito importante", disse Augusto, cacique da Aldeia, em entrevista ao portal RBS.

O Estádio Índio Condá teve fim em 2007, quando foi reformado para se tornar a Arena Condá que conhecemos atualmente. Parte da estrutura antiga foi demolida para a construção da nova arena. As obras terminaram em 2014 e o local aumentou sua capacidade de 15 mil para 22 mil pessoas.

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