Neste sábado (15), Chapecoense conquistou o seu primeiro título após a tragédia que matou quase todo o elenco num acidente de avião, há mais de quatro meses. O time que atualmente é comandando por Vagner Mancini, derrotou o Joinville por 2 a 0, com gols de Reinaldo e Túlio de Melo, na Arena Condá. As finais acontecem nos dias 30/5 e 7/6 diante do Avaí. O primeiro jogo acontece em Florianópolis e o segundo em Chapecó.

Com a vitória, levantou a taça do segundo turno do Campeonato Catarinense - que tem justamente o nome de Sandro Pallaoro, que foi presidente da Chapecoense entre novembro de 2010 e novembro de 2016, mas também morreu na tragédia do avião. A Federação Catarinense de Futebol não entregou o troféu original, apenas um simbólico.

"Sinceramente isso estava nos meus sonhos, mas é lógico que eu sabia que seria muito difícil porque você chegar depois de 120 dias e ter um encaixe perfeito entre metodologia de trabalho, aceitação dos jogadores, depois de tudo aquilo que viveu a Chapecoense e depois de pouco tempo a gente chegar ao título do segundo turno, o que nos dá a chance de jogar a final diante do Avaí, então foi tudo muito rápido, muito intenso, em alguns dias 24h não foi suficiente, o que passamos para montar a equipe, então a gente tem que comemorar", disse o técnico. 

Para o treinador a conquista é uma homenagem às vítimas do acidente."Representa muito vencer o segundo turno diante de sua torcida pois sela a identificação dessa equipe com seu torcedor e com a comunidade, o torcedor já reconhece os atletas na rua e sabe do que somos capazes", afirmou.

Em oito jogos no segundo turno, o time de Mancini acumula sete vitórias e um empate. Faltando uma rodada para o fim, está invicto. Tem ainda o melhor ataque, com 23 gols e a melhor defesa, tendo sofrido apenas 4.

"Meu sentimento como técnico é ótimo. Fizemos as coisas bem feitas. O ser humano Vagner sabia que teria um desafio grande de vida aqui. Tentar entender os sentimentos das pessoas que aqui ficaram e entender o que a Chapecoense representa para um povo. Saímos de alma lavada daqui porque sabemos de todas as pessoas que passaram por aqui e trouxeram a Chape a este patamar", afirmou

"Estamos muito felizes porque sabíamos que essa taça representa muito para nós, para a comunidade. Então trabalhamos muito focados para que isso ocorresse. Trouxemos jogadores com as características da Chape, que trabalharam duro e encaixaram muito rápido. Todo mundo que chegou aqui incorporou o espírito da equipe, da comunidade e da torcida", disse Mancini. 

A Chapecoense volta a campo pela Libertadores na próxima terça-feira (18), quando recebe o Nacional-URU, às 21h45. A Chape fecha a sua participação no returno do Catarinense diante do Criciúma, no próximo final de semana.

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