Após empatar com o Nacional-URU na última semana, na Arena Condá, a Chapecoense foi a Montividéu enfrentar os uruguaios pela quarta rodada da Libertadores da América. Com o empate em Santa Catarina, o Grupo 7 tinha o Lanús como líder e, embolados na segunda e terceira colocação, Nacional-URU e Chapecoense respectivamente.

Portanto, para não se complicar no torneio internacional, o Verdão do Oeste precisou encarar a fanática torcida uruguaia em seu território, almejando vitória fora de casa. No entanto, a Chapecoense derrotada por 3 a 0 e viu o rival uruguaio abrir três pontos de diferança, deixando assim, o time catarinense em maus lençóis na competição. 

Com o empate do Lanús diante do Zulia, na Venezuela, a Chapecoense viu o líder alcançar oito pontos conquistados, seguido pelo Nacional-URU, com sete pontos. A equipe catarinense, por sua vez, com a derrota, estaciona na terceira colocação do grupo 7 com quatro pontos, empatada com a lanterna venezuelana. 

Nacional-URU domina o primeiro tempo e abre vantagem

A partida na capital uruguaia inciou com grande pressão dos donos da casa. Em campo e nas arquibancadas lotadas. Sem conseguir sair pro jogo, a Chapecoense pouco levou perigo à meta defendida por Conde. No campo de defesa, a equipe catarinense sofria com ataques rápidos comandados por Silvera, que assustava o goleiro Artur Moraes. E, foi assim que aos 16 minutos de jogo, o Nacional-URU abriu o placar. Após bobeada da zaga brasileira, a bola sobrou para Ramírez, que só empurrou para o fundo da rede, abrindo o placar no Parque Central. 

Ainda pressionando a equipe de Vagner Mancini, o Nacional-URU passou a atacar com menos intensidade, administrando assim a vantagem no placar. Aos 23 minutos, quase o segundo gol dos uruguaios. Aguirre foi lançado em velocidade, driblou o goleiro brasileiro, mas chutou fraco. Sorte para a Chapecoense, que, buscava equilibrar a partida. 

O embate então encontrou um equilíbrio. Com maior posse de bola, a Chapecoense buscava jogadas trabalhadas com Reginaldo e chutes a longa distância, principalemente com Luiz Antônio, mas ainda sem levar perigo aos uruguaios. Somente aos 40 minutos da etapa, a Chapecoense chegou com perigo no setor ofensivo quando, após sobra na entrada da área, Rossi finalizou de primeira. Mas, a bola encontrou trajetória longe do gol. 

Com dois jogadores expulsos, Chape encontra dificuldades e perde partida

No segundo tempo da partida, mais do mesmo. Domínio dos donos da casa e dificuldade para a Chape. Após mais uma bobeada na defesa do Verdão, logo aos quatro minutos da segunda etapa, após lançamento à área, o goleiro Artur Moraes saiu mal, e, sem marcação, Aguirre desfiou para o fundo das redes, ampliando a vantagem para a equipe uruguaia. 

Sem conseguir trabalhar a bola e apostando somente em chutes de longa distância, a Chapecoense viu sua situação na partida se complicar quando, aos 9 minutos, depois de dura jogada na intermediária, Luiz Otávio recebeu o cartão vermelho de forma direta e foi expulso, deixando assim, a equipe catarinense com um jogador a menos durante todo o segundo tempo do jogo. 

Assim, pouco fez o Nacional-URU para administrar a partida. A Chapecoense, por sua vez, buscava de todas as maneiras diminuir as adversidades. O comandante Vagner Mancini, aos 15 minutos, sacou Tulio de Melo do banco de reservas. Mas, a substituição pouco surtiu efeitos. As dificuldades eram as mesmas. 

Se expondo em busca do primeiro gol, a Chapecoense passou a sofrer com os contra ataques da equipe uruguaia. Até que, aos 35 minutos da etapa derradeira, Viúdez recebeu na esquerda. O camisa 20 cortou para dentro e bate no ângulo, sem chances para Artur Moraes. Um belo gol do Nacional-URU. 

A Chapecoense, então, viu a noite - que não era das melhores - piorar quando teve seu segundo jogador expulso. Por conta de um gesto provocativo, Rossi recebeu cartão vermelho aos 38 minutos do segundo tempo em uma quinta-feira que nada deu certo para o Verdão do Oeste. 

A derrota simboliza um grande problema para a Chapecoense. Isso porque, na próxima rodada, o Verdão do Oeste visita o líder do grupo, Lanús, na Argentina precisando vencer para se manter viva na Libertadores da América e decidir a classificação, em casa, diante do lanterna Zulia. Missão difícil, mas após a partida, Vagner Mancini demonstrou confiança aos receberem a informação de que o líder Lanús apenas empatou fora de casa com o Zulia, da Venezuela.