Uma final especial. Assim pode se caracterizar a partida entre Atlético Nacional e Chapecoense. Um pouco mais de cinco meses após o trágico acidente aéreo envolvendo a equipe catarinense, o Verdão do Oeste, enfim, pisa em Medelín para enfrentar o Atlético Nacional por um torneio continental. A competição não é a mesma, mas o encontro só foi possível graças a mais um ato de generosidade do Atlético Nacional, que deu o título da competição para a Chape.
 
No primeiro jogo da final da Recopa Sul Americana, homenagens, emoção e gols. A partida que representava muito mais que 90 minutos teve homenagem aos colombianos durante todo o dia em Chapecó, aplausos no gol sofrido pelo time da casa e a vitória do Verdão do Oeste por 2 a 1. Com o resultado, a Chapecoense chega à Medelín em busca de um empate simples para conquistar, definitivamente, a América do Sul.
 
Recebida com carinho na Colômbia, Chapecoense vai em busca do título da Recopa Sul Americana
 
Após se sagrar campeã catarinense, a Chapecoense agora vira a chave para a Recopa Sul Americana. A competição, que já tem mera importância por ser um título internacional, para a equipe catarinense pode materializar o recomeço após o trágico acidente aéreo em novembro do ano passado.
 
Com o elenco refeito e mais forte que nunca, a Chape precisa apenas de um empate para sagrar-se campeã. E, fora de campo, os sobreviventes daquela terça-feira chuvosa que culminou em 71 mortes estarão finalmente no Estádio Atanasio Girardot   que se curvou às cores do clube de Santa Catarina, em grande uma demonstração de empatia. Jakson Follmann, Alan Ruschel e Neto chegaram à Medelín junto com toda a delegação do Verdão do Oeste recepcionados com muitas homenagens.
 
“Quando eu estava chegando, fiquei muito emocionado. Entendi que era para ter completado aquela situação. De repente, não teria o acidente, jogaríamos e poderíamos ganhar. Já sabíamos que a Recopa seria contra o Atlético Nacional” declarou o zagueiro Neto, sobrevivente do acidente.
 
“É uma página que jamais será virada, nunca vamos esquecer. Viemos aqui para agradecer por tudo que o povo colombiano fez pela gente, os médicos, a torcida... Era importante para gente estar aqui. Nossa vinda é de agradecimento. Nossa viagem começou no dia 28 de novembro e não se encerra aqui. Continuam com as boas lembranças que vamos levar”, concordou com o companheiro de equipe, Alan Ruschel.
 
“Só agradecemos aos colombianos. Ninguém está vegetando em uma cama, ninguém sofreu nenhum traumatismo. Rafa voltou ao trabalho, Neto e Alan também, eu também. Foi um milagre e estamos felizes pelo carinho e cuidado”, finalizou, emocionado, o goleiro Jackson Follmann.
 
Atlético Nacional passa europeus, lidera o ranking da IFFHS e vai em busca do título Sul Americano
 
Após 25 anos, um clube não europeu lidera o ranking da Federação Internacional de História e Estatística do Futebol (IFFHS). O atual campeão da Libertadores foi apenas o 62º colocado no ranking de 2015. Entretanto, teve um excelente ano em 2016. Além do torneio continental, foi vice na Copa Sul Americana, campeão colombiano, campeão da Copa da Colômbia e campeão da Supercopa da Colômbia.
 
Que a disputa da Recopa Sul Americana, este ano terá um significado especial, todos sabem. A competição marca o retorno da Chapecoense à Medelín após a tragédia aérea que há cinco meses vitimou 71 pessoas. Mas, dentro de campo, um possível para se juntar aos demais com valor internacional torna-se importante para a equipe colombiana caso queira se manter na lista do IFFHS.
 
Para deixar a taça em Medelín, a equipe colombiana precisa vencer a Chapecoense. A partida acontecerá no Estádio Atanasio Girardot nesta quarta-feira (10), às 21h45, horário de Brasília. 

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