A paciência de parte do Conselho Deliberativo do Corinthians para com o atual presidente do clube, assim como a da torcida, parece estar por um fio. Foi protocolado, na manhã desta terça-feira (22), por membros da comissão um pedido de impeatchment contra Roberto de Andrade

A solicitação conta com 63 assinaturas de integrantes da oposição, de um total de 345 conselheiros, que votarão pela permanência ou não do presidente nas próximas semanas.

O pedido será encaminhado ao presidente do conselho, Guilherme Strenger, que tem até cinco dias para encaminhar o requerimento à Comissão de Ética e Disciplina. Roberto de Andrade teria então um prazo de dez dias para apresentar sua defesa.

O motivo que acabou por desencadear o movimento foi a assinatura do mandatário em atas de reuniões com a Oderbrecht sobre a Arena Corinthians com datas anteriores à eleição em fevereiro de 2015. Segundo Roberto de Andrade, os documentos só teriam chegado às suas mãos depois de ter sido escolhido como presidente do clube.

Depois, o nome de Roberto de Andrade apareceu em uma ata e no contrato do estacionamento do estádio com a Omni, empresa que controla também o programa de sócio-torcedor do clube, o Fiel Torcedor. Na ocasião, o atual presidente também não havia sido eleito.

O estatuto do Corinthians diz que o presidente pode ser destituído caso tenha "acarretado, por ação ou omissão, prejuízo considerável ao patrimônio ou à imagem do Corinthians" ou "ter ele infringido, por ação ou omissão, expressa normal estatutária".

Caso Roberto perca o mandato após a votação, quem assume é o vice-presidente, André Luiz de Oliveira. Ele seria obrigado a convocar novas eleições, já que faltam mais de seis meses para a mesma, que seria apenas em fevereiro de 2018.

André Luiz porém, vem sendo investigado na Operação Lava Jato por supostamente ter recebido R$ 500 mil em propinas durante a construção da arena. Ou seja, o impeachment não garante, de imediato, um futuro melhor para o clube paulista.

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