O principal reforço do Corinthians para 2017 finalmente vestiu a camisa. O meia Jádson, confirmado no começo da semana, já treinou com a equipe, mas somente na tarde desta sexta-feira (10) que ele vestiu a camisa corinthiana.

Ainda sem número, já que a 10 está atualmente com Guilherme, o meia de 33 anos colocou a camisa e foi apresentado nos moldes do turco Kazim, em um dos campos do CT Joaquim Grava e logo depois foi para a Sala de Imprensa, onde conversou com os jornalistas e revelou a sua alegria, mesmo com a preocupação da demora:

"Foram três propostas além do Corinthians, mas quando acertei a rescisão na China, deixei bem claro que a preferência era o Corinthians, pela identificação, carinho e conquistas aqui. Ainda bem que deu certo, já que eu estava ficando ansioso. É um elenco novo, em reconstrução, mas acho que vai dar certo".

Agora com seu ex-auxiliar como treinador, Jádson disse que não conversou com Carille, mas não tem preferência por onde jogar.

"Nunca tive problemas em jogar no meio-campo. Com Tite joguei aberto, mas me adaptei bem. Não sei como o Carille vai me querer, mas onde jogar, aberto ou no meio, tanto faz. Quero ajudar a equipe".

A demora na negociação e os valores altos especulados foram motivo de certa irritação do jogador durante o período das férias e ele tratou de deixar claro que volta sem interesse no dinheiro.

"Na questão de negociação, às vezes, saem notícias que não são verdadeiras. Preferi ficar quieto, mas tenho meu valor, cada atleta tem seu valor, mas tenha certeza que abri mão de dinheiro pra voltar ao Corinthians".

Ainda sobre o novo treinador, o meia disse que não teve papo completo, mas já sentiu os novos companheiros e se mostrou esperançoso.

"Pelo pouco papo, me parece um ótimo grupo, ótimo clima e isso é importante. Estou feliz, esperançoso. O importante são todos darem confiança. Tive a oportunidade de trabalhar com Carille e merece estar onde estar. Tudo que era bom do Tite, ele pegou pra si. Estou trabalhando a parte física e depois vamos trocar ideia pra saber como será dentro de campo".

Um fato que deixou o novo jogador alvinegro chateado foi a entrevista do médico do clube, Joaquim Grava, revelando o peso acima do meia. Jádson confessou chateação, mas tratou de por panos quentes e disse estar tudo resolvido.

"Uma entrevista que o Doutor Joaquim Grava deu e ele não falou na maldade, mas foi uma declaração infeliz. Mas depois conversamos e não tem problema nenhum. Eu nem tinha assinado naquela situação e já estavam falando da minha forma. Que jogador chega de férias bem? Então, isso aí me irritou um pouco e acabei escrevendo, mas algumas pessoas ás vezes falam coisas maldosas. Fiquei chateado, mas sempre tratei todo mundo bem. Abri porta da minha casa pra matéria, coisa que não fazia e sempre respeitei todos".

Fora por mais um mês, para se preparar fisicamente, o jogador pediu compreensão do torcedor, ainda mais nesse começo de temporada, já visando todo o ano que tem pela frente. 

"O importante é ter uma base de treinamentos para não estourar durante o ano. Desde que assinei treino em dois períodos, mas quanto tempo vai demorar, não sei. Por mim, iria para o jogo amanhã, mas sei que não tenho condições físicas. Minha vontade era atuar já, mas como a parte física não está o ideal, tenho que preparar bem pra não me prejudicar durante o ano. Pedir compreensão da torcida por isso. Sei da minha responsabilidade, mas cada um precisa saber da sua também. O importante é estar unido e só assim sairão os resultados".

A imagem de salvador da pátria e líder foi rechaçada pelo jogador, que preferiu valorizar o elenco corinthiano num todo e ressaltou a importância de todos no grupo.

"Pela imagem que deixei em 2015, pelo título, a torcida está esperançosa, e realmente foi um ano especial. Vai ser um desafio. Vou me entregar nos treinos, jogos para ter o melhor desempenho possível. Não sou o salvador da pátria, mas a torcida pode esperar muito empenho e determinação do Jádson nesse ano. Cada jogador tem seu compromisso, sei da minha responsabilidade. Estou confiante, querendo logo atuar em grande nível. O Corinthians tem jogadores de grande bagagem, como Cássio, Danilo, Fágner e eles irão ajudar muito".

A bola parada, grande arma do jogador, mas pouco aproveitada durante a temporada passada foi outra questão e Jádson valorizou trabalho de Tite e o novo batedor, Fellipe Bastos.

"Naquele ano fiz alguns gols de falta, num campeonato importante. Não sei o que o Carille está pensando, não conversei com ele, mas estou aqui pra ajudar da melhor forma possível. O Bastos também bate bem na bola e quanto mais agregar no elenco, melhor. Em 2015, o Tite cobrava muito em questões de bolas paradas. Eram 10 bolas de cada lado e carrego isso comigo como experiência. Cm certeza, assim que voltar ao campo, vou aprimorar". 

Mesmo com um elenco mais fraco em relação aos rivais, o Timão não é motivo de fraqueza e Jádson não fugiu da pressão de atuar num time grande.

"Na minha opinião, qualquer campeonato que o Corinthians entra é favorito. A camisa pesa muito e vai muito da entrega, comprometimento do elenco. Quando teremos clássicos, decisões e jogos importantes, é ralar a bunda no chão e jogar o máximo".

Jádson estará na Arena Corinthians neste sábado (11) para ser apresentado ao torcedor. A partida contra o Santo André será pela segunda rodada do Paulistão e o meia convocou a torcida.

"Sempre foi importante a torcida prestigiar, apoiar. Sempre foram o 12º jogador e tomara que as galera largue a balada pra ver o Timão".

VAVEL Brasil trará todos os detalhes do jogo a partir das 21h, pelo horário brasileiro de verão;