O encerramento da décima rodada do Campeonato Paulista 2017 opôs um Corinthians, já classificado e fazendo testes, contra o Red Bull Brasil, que ainda sonha por uma vaga nas quartas do estadual. E a torcida viu mais um empate em Itaquera

Jogando para mais de 16 mil pessoas às 17h, o Timão sofreu na parte criativa, não conseguiu ter volume de jogo e não segurou o placar após Maycon anotar o primeiro e ter um jogador a mais. Nos acréscimos, Lazaroni empatou e deu justiça ao jogo.

O empate não muda a vida corinthiana, já que o time é líder do Grupo A e já está classificado. Com desfalques ainda, mas com sofrimento enorme na criação ofensiva, Carille quebra a cabeça nesse time. O próximo duelo será no Morumbi, em clássico que promete contra o São Paulo.

Já o RB Brasil segue na luta por uma vaga na próxima fase. O time, que está no grupo do Tricolor, ainda sonha e precisa vencer seus próximos jogos para beliscar uma vaga nas quartas do Paulistão.

Chances de gols e nervosismo

A Fiel, que se fez presente mesmo no péssimo horário, viu um começo de jogo morno, mesmo com o Timão tentando impor mais velocidade e se aproximando para tentativas de triangulações. O RB negava bem os espaços, mas sofria nos lances individuais, principalmente com Pedrinho.

Quem começou bem era Maycon. O volante deu um lindo passe de calcanhar e Jabá saiu na cara do gol. O lance foi finalizado com um pênalti, mas o bandeira assinalou impedimento do jovem corinthiano, mas de forma errada. O lance acordou o RB Brasil e o time passou a sair mais. Carandina arriscou de muito longe e obrigou Cássio a dar um tapa pra escanteio. Na sequência, Carandina novamente, mas dessa vez carimbando a trave direita. A bola andou pela linha e ainda bateu na esquerda antes de ir em linha de fundo. Lance impressionante.

A molecada corinthiana não tinha volume. Apesar de Maycon e Pedrinho se mostrarem bem, Léo Jabá errava muito e não dava continuidade. Jô, o centroavante, saía muito da área, mas teve a melhor chance do jogo após receber em velocidade, ficou de cara para o Saulo, mas chutou em cima do goleiro. No rebote, Rodriguinho fuzilou de esquerda e novamente Saulo fez milagre. No rebote, Jabá anotou de cabeça, mas claramente impedido.

O nervosismo das duas equipes aumentavam conforme o juiz se atrapalhava no lance. Ainda assim, o Corinthians melhorou e passou a ter o controle. Rodriguinho se movimentava mais e aparecia com liberdade para criar, mas o passe não tinha qualidade e o primeiro tempo se encaminhou para o final com poucas emoções.

Empate e justiça

A expectativa de uma etapa final melhor não se concretizou, pelo menos no seu começo. O RB passou a esperar mais em seu campo deixou o Corinthians com a bola. Sem muita criatividade novamente, o time alvinegro sofria para furar a barreira. O Timão pulava o meio-campo e facilitava a vida do Red Bull.

Sem sofrer, o time do interior se soltou mais e quase abriu o placar, após chute cruzado de Elton e Luan surgiu por trás do Arana pra mandar no pé da trave. A dificuldade em criar era nítida por parte do Corinthians, que apenas cruzava bolas na área no aguardo de Jô ou rebote. Muito pouco.

No meio da segunda etapa, um lance mudou tudo. Maycon lançou Jô e Saulo saiu pra afastar. O problema é que o goleiro perdeu o tempo da bola e deu um tapa nela fora da área. O juiz não só marcou falta como expulsou o goleiro. O erro atrapalhou totalmente o jogo do time visitante. E na batida, Maycon marcou uma pintura, mandando de canhota na gaveta do goleiro Daniel. Golaço. 

Mesmo com um a mais e o placar a favor, o fim de jogo não mostrou evolução no ataque corinthiano. O volume ofensivo era muito fraco e se alguém acompanhasse o jogo naquele momento, não perceberia o RB Brasil com um a menos.

E o bom jogo do time de Campinas se refletiu em gol. Nos acréscimos, Luan enfiou por trás do lado direito da zaga corinthiana. Léo Príncipe perdeu no corpo e Lazaroni bateu firme na saída de Cássio para empatar.

Sem tempo pra mais nada, só restou a frustração para a Fiel, que viu o quarto tropeço seguido do Corinthians no ano. Pressão em Fábio Carille.