Já sem pretensões na Série B, o Criciúma arrancou uma vitória importantíssima, no que se diz respeitos aos planos do rival da partida, o Vasco, na classificação da Série B. No meio de tabela, a equipe de Santa Catarina já não conseguiria alcançar nenhum objetivo, o que não lhe impediu de triunfar e dificultar a vida dos cariocas na última rodada. Com gol de Roberto, de pênalti, o Tigre garantiu os três pontos, que farão falta ao Vasco na luta pelo acesso, já que Náutico, Bahia e Avaí venceram na rodada. O último, garantiu antecipadamente vaga para a elite em 2017. O Atlético-GO, líder e já campeão, havia alcançado tal feito há duas rodadas.

Com a derrota, o Gigante da Colina segue dependendo apenas de si para voltar à primeira divisão, porém com apenas dois pontos de frente para os rivais pernambucanos, qualquer tropeço na última rodada poderá significar a permanência de uma das equipes mais tradicionais do futebol brasileiro, mais um ano, no segundo escalão.

Na próxima rodada, a última da competição, o Criciúma viaja para Belém, onde enfrenta o Paysandu, também sem pretensões na competição, em partida de cumprimento de tabela, apenas. O pontapé inicial está marcado para as 20h30 (de Brasília) de sexta-feira (25). Um dia depois, é a vez do Vasco finalizar sua participação na temporada. Diante do Ceará, em São Januário, a equipe terá a oportunidade de garantir o acesso. Para isso, basta triunfar diante do alvinegro nordestino, às 17h30.

Vasco começa bem, mas Tigre supera volume de jogo e ameaça bastante na primeira etapa

Tendo chances de acesso nesta rodada, com a condição de um triunfo diante dos catarinenses do Criciúma, o Vasco começou como se esperava, no ataque. Tentando jogadas diagonais e verticais no comando de ataque, Nenê e Andrezinho chamavam para si a responsabilidade pela criação das jogadas. Do outro lado, a defesa tricolor se mantinha alerta e atenta, buscando rechaçar toda e qualquer oportunidade. A primeira delas surgiu dos pés de André. O meia, bateu falta muito bem colocada, no canto do goleiro Luiz, que só fez olhar. Caprichosamente, e dando um ar da dificuldade que seria marcar um gol no jogo, a redonda apenas raspou a trave.

Dois minutos depois, Andrezinho, mas agora com a bola rolando, novamente testou o arqueiro rival. Em lance de rara plasticidade, o meia vascaíno bateu no gol, com desvio, tornando necessária uma bela intervenção do goleiro Luiz. Já aos 11, foi a vez de Thalles tentar e finalizar a grande sequência de oportunidades do Vasco. Após belo passe de Bruno Gallo, o centroavante Cruzmaltino chutou sem força, nas mãos de Luiz, que com facilidade, encaixou.

O início da boa fase do Criciúma se iniciou aos 15’, quando Roberto entrou forte pela direita de ataque, após falha de Andrezinho, driblou Rodrigo e chutou rasteiro. Agora, foi a vez de Martín Silva brilhar e manter o zero no placar, com bela defesa usando um dos pés. A partir daí o Tigre começou a se posicionar mais ofensivamente, subindo as linhas de marcação sem a bola e castigando a defesa vascaína quando com a posse, com passes rápidos buscando abrir a retaguarda adversária.

Uma das melhores chances do Vasco na etapa inicial veio só aos 46 minutos, quando Douglas invadiu a área pela direita, cruzou para Thalles, mas o atacante, livre, chutou fraco e em cima do goleiro novamente. O lance foi o último antes do apito que deu fim ao primeiro tempo de jogo.

Criciúma se mantém ofensivo, marca de pênalti e vê Vasco se complicar no fim

O primeiro lance de real perigo na etapa complementar de jogo veio dos pés de Roberto. O meia foi o responsável por cobrar o pênalti bem marcado, após falta de Diguinho em Jheime. Aos 7 minutos, Martín Silva ia no fundo da rede buscar a bola. 1 a 0 para os mandantes.

O gol fez com que o Vasco precisasse sair mais do que de seu interesse, deixando espaços no meio, potencialmente perigosos para contra-ataques. Em um deles, Caique Valdivia chutou forte, no alto, obrigando Martín Silva a fazer bela defesa e salvar o Cruzmaltino. Minutos depois foi a vez de Luan responder para o Vasco com um chute da marca do pênalti, bem bloqueado pelo zagueiro Natan.

Em meados da segunda etapa, o Vasco retomava a pressão do início de jogo, mas a essa altura, sem muita organização e muito mais na vontade do que em qualquer fundamento treinado. A primeira destas oportunidades veio dos pés de Nenê, em falta bem cobrada mas salva por Luiz. Minutos depois, Diguinho tentou o chute forte de fora, mas mandou longe do gol. Aos 28, Thalles soltou uma bomba da intermediária e a bola passou apenas com certo perigo e aos 34, no lance de maior emoção para os vascaínos na etapa complementar, Rodrigo subiu na área e cabeceou, mas a bola, com requintes de crueldade, apenas explodiu no travessão, levando os vascaínos à loucura.

Sem ter conseguido aproveitar suas oportunidades, e se abrindo em contra-ataques quase sempre potencialmente mortais, o Vasco se viu em uma das piores situações no fim do jogo. Luan fez pênalti nos acréscimos e um gol do Carvoeiro liquidaria a partida. Como medida disciplinar, o zagueiro recebeu o segundo amarelo da partida, sendo consequentemente expulso e desfalcando os cariocas na última rodada. Na cobrança, Roberto, autor do primeiro gol, bateu novamente. Martín Silva insistiu no canto esquerdo e defendeu a cobrança. Contudo, sem tempo no relógio, Leandro Pedro Vuaden apitou pela última vez no Heriberto Hülse, decretando a vitória pelo placar mínimo aos mandantes.