A 18ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro foi nada boa para Criciúma e Brasil de Pelotas. Os catarinenses, que vislumbravam entrar no G4 da competição, foram derrotados pelo Ceará por 3 a 1 e tiveram essa pretensão adiada, enquanto os gaúchos empataram sem gols com o Boa, em Pelotas, e continuam a um ponto da zona de rebaixamento. Buscando reabilitação após estes resultados ruins, os dois times do Sul do país medem forças na sexta (4), a partir das 19h15, no estádio Heriberto Hülse.

O Tigre, que está a dois pontos da zona de classificação para a Série A do Brasileirão, ainda pode terminar a rodada dentro dela, mas vai depender de uma combinação de tropeços dos rivais para que isso aconteça.

Já o Xavante, mais do que tentar fugir da zona de rebaixamento, tenta quebrar o tabu de nunca ter vencido o Criciúma em Santa Catarina. Em 11 jogos ao longo da história, foram oito derrotas e três empates, sendo que foram sete derrotas nos últimos sete encontros em terras catarinenses.

Winck sinaliza mudanças

O primeiro percalço do técnico Luiz Carlos Winck visando a partida diante do Brasil foi o tempo de treinamento. Depois da derrota de terça (1) diante do Ceará, a delegação chegou ao Sul de Santa Catarina apenas na tarde do dia seguinte e a única atividade foi realizada nesta quinta-feira (3).

Neste solitário treinamento, Winck sinalizou duas alterações na formação inicial. Márcio Goiano na vaga de Diego Giaretta na lateral-esquerda e Ricardinho no lugar de Barreto no meio-campo. As duas mexidas já haviam sido feitas no intervalo do jogo contra o Ceará, quando a equipe já perdia pelo placar de 3 a 0.

“Conversei com minha comissão a respeito do desgaste de alguns atletas, até na questão de outra avaliação física que foi feita, e, em função disso, a gente pode deixar alguns atletas fora desse jogo”, explicou Winck, em entrevista coletiva no CT do clube na tarde desta quinta-feira.

O zagueiro Raphael Silva permanece fora de combate. Com um problema muscular, ele está fora há três jogos e ainda não está recuperado. Com isso, Nino forma a dupla de zaga com Edson Borges.

Em nono lugar, com 26 pontos, o Tigre vislumbra uma vaga no G-4 da Série B no fim do turno. Para isso, além de vencer, precisa torcer para tropeços de Ceará, Guarani, Juventude, Paraná e Londrina. “Vamos lembrar que dentro de casa, temos que procurar jogar. Tendo a possibilidade de finalizarmos com vitória e terminar o turno com 29 pontos, é ótimo”, projetou o técnico criciumense.

Clemer deve mexer

Se o Criciúma mira o G-4, o Brasil de Pelotas tem pensamento oposto e busca se afastar da zona de rebaixamento. Caso não vença e o Luverdense derrote o Náutico, em Pernambuco, a equipe gaúcha encerra o turno entre os quatro últimos colocados.

Vindo de empate sem gols diante do Boa, o técnico Clemer deve promover alterações na escalação. Lincom, recuperado de contusão, retorna na vaga de Rodrigo Silva no ataque. Ainda no setor ofensivo, Cassiano sequer viajou com a delegação devido a uma luxação no ombro e será substituído por Juninho ou Misael. Ainda há a possibilidade do volante Luan entrar na equipe.

Clemer também cogita outra mexida por ordem técnica. Wagner, sem render o esperado, pode perder espaço para o volante Leandro Leite. O meia-atacante Rafinha e o lateral-esquerdo Marlon, ambos considerados titulares, continuam no departamento médico.

“Temos que melhorar como equipe, no dia a dia e nos jogos. Já evoluímos em alguns quesitos, vamos fazer o resultado aparecer. Temos que escutar muito o que o Clemer tem nos passado para encaixar uma sequência de vitórias e avançarmos na tabela”, analisou o goleiro Marcelo Pitol, em entrevista à Rádio Universidade.