Venceu, mas não convenceu. Na noite desta quinta-feira (5), no estádio Mineirão, em Belo Horizonte/MG, pela primeira fase da Copa do Brasil 2016, o Cruzeiro passou pelo Campinense-PB vencendo por 3 a 2 em jogo mais complicado do que se previa. Allano, Arrascaeta e Willian marcaram os gols cruzeirenses. Adalgiso Pitbull, duas vezes, marcou para os paraibanos. Na segunda fase, em data a ser definida, o Cruzeiro enfrentará o Londrina-PR.

A equipe celeste voltará a campo apenas no dia 14, um sábado, às 21h, na estreia do Campeonato Brasileiro 2016, contra o Coritiba, no estádio Couto Pereira, em Curitiba/PR. Já o Campinense volta suas atenções para o campeonato paraibano, onde neste domingo (8), às 19h, começará a decisão por uma vaga na final, contra o CSP, no Estádio Amigão, em Campina Grande/PB.

Cruzeiro sai na frente, mas Campinense arranca o empate

Encarando um adversário com sete desfalques, o Cruzeiro começou dando as cartas na partida, como um bom mandante faz. Trocando passes e com paciência nas construção de jogadas, a missão era furar o bloqueio da Raposa paraibana. O recém-contratado Lucas, lateral direito, foi o primeiro a conseguir isto, ao tentar um cruzamento para a área que parou nas mãos de Gleidson. E as tentativas pelas laterais se sucediam. Arrascaeta, Elber e Sanchez Miño também tentaram, mas sem sucesso.

A primeira chegada do Campinense foi muito perigosa. Reginaldo Jr recebeu passe e ficou na cara do gol de Fábio. A finalização parou no camisa 1 celeste. Já existia o impedimento, mas o árbitro deixou seguir. De tanto "chuveirar" na área, a equipe azul celeste conseguiu o seu gol, no melhor estilo "tanto bate até que fura". Lucas novamente, ao receber lançamento em profundidade de Elber, cruzou. Na pequena área, Allano e Arrascaeta trombaram. Sendo o último a tocar, o gol foi assinalado para Allano. 17 minutos, 1 a 0.

O gol deu um cutucão na equipe de Campina Grande/PB. Adalgiso Pitbull, em jogada individual, arriscou para o gol e Fábio pegou com tranquilidade. Everaldo, em cobrança de falta, também obrigou o goleiro cruzeirense a trabalhar. Ao adiantar a marcação, o Campinense foi diminuindo o espaço de criação do Cruzeiro e se empolgando ainda mais. A mudança na estratégia foi premiada com o gol. 

Filipe Ramon, partindo do campo de defesa, tocou na esquerda para Adalgiso, o Pitbull. Com um toquinho leve, por cima de Fábio, a bola morreu no fundo da rede e a festa passou para o lado paraibano. 38 minutos, 1 a 1 e a equipe visitante levou a igualdade para a segunda etapa.

Final emocionante e vaias do torcedor ao fim da partida

O segundo tempo começou com bola na rede e o Cruzeiro conseguindo passar a frente no placar. Henrique foi derrubado por Renatinho próximo a grande área. Na cobrança, Arrascaeta achou a região próxima ao ângulo direito de Gledson. Indefensável! Quatro minutos, 2 a 1 Cruzeiro. Animado pelo gol, o time celeste continuou a atacar. Willian, em um chutaço, obrigou o goleiro do time visitante a fazer grande defesa.

O mesmo Willian, em cobrança de escanteio, achou Bruno Rodrigo no meio da área, que cabeceou próximo ao gol. Tentando reagir, o Campinense chegou em dois chutes de fora da área, com Everaldo e Chapinha. O primeiro foi longe da meta e o segundo foi defendido com tranquilidade. Se a Raposa paraibana tentava, sem sucesso, oferecer algum risco, o ataque cruzeirense mostrou como se faz. Ou melhor, o contra-ataque.

Elber, em velocidade, achou Willian livre no meio. O atacante parou a bola, esperou Gledson sair e tocou por baixo. Bola na rede aos 29 minutos. 3 a 1 Cruzeiro. Parecia ser o fim do sufoco e a confirmação da classificação. Parecia...

Adalgiso Pitbull aprontou de novo. Brigando com os defensores cruzeirenses e ainda cambaleando, ele se reergueu e chutou forte, com a perna esquerda. 41 minutos, 3 a 2 e o jogo reacendeu. A tensão tomou conta do torcedor do Cruzeiro. Surgiu uma falta para o Campinense, daquelas onde até o presidente vai para a área tentar marcar o gol heróico. O goleiro Gledson foi e nada conseguiu. Na volta, carrinho feio em Matias Pisano e cartão vermelho aplicado. Veio o apito final e, a tensão das arquibancadas, virou vaia.