E a polêmica novela que envolve o atacante Duvier Riascos e o Cruzeiro deve durar até maio de 2017. Em audiência realizada na manhã dessa terça-feira (30), na 27ª Vara do Trabalho, em Belo Horizonte, as partes não chegaram a um acordo. O atacante, que não compareceu à audiência, enviou um representante. Pelo Cruzeiro, compareceram o supervisor de futebol, Pedro Moreira, o diretor de futebol, Thiago Scuro, e o diretor jurídico, Fabiano de Oliveira Costa.

Riascos pede ao Cruzeiro cerca de R$ 5 milhões, referentes à indenização por danos morais e também cláusula de compensação, de acordo com contrato, que vai até janeiro de 2018. O atleta também alega não ter recebido o salário de agosto. Os defensores do jogador também querem a rescisão indireta com o Cruzeiro, pois alegam que o atacante tem uma proposta do exterior, mas ela não foi comprovada. Riascos não poderá atuar em outro clube brasileiro na temporada.

O Cruzeiro, por sua vez, afirma que, por ele não ter se reapresentado com o elenco, suspendeu os pagamentos do jogador. Porém o caso pode ter um fim ainda em 2016. Em entrevista a um site mineiro, durante o lançamento do Mundial de Clubes de Vôlei, o presidente celeste Gilvan de Pinho Tavares afirmou que o atleta pode até ser liberado de suas obrigações contratuais desde que indenize o Cruzeiro, evitando assim prejuízos financeiros ao clube. 

"A situação está na Justiça e quando está com eles nós não podemos opinar. A gente tem que aguardar a decisão judicial. Hoje ficou estabelecido uma nova audiência para o ano que vem, tem muito tempo ainda, mas há uma liminar na Justiça determinando que o atleta possa jogar por outros clubes desde que ele deposite em nosso favor uma determinada quantia, como aconteceu há muito tempo com o goleiro Dida, que quis deixar o Cruzeiro e a Justiça tomou uma decisão do mesmo tipo", afirmou o dirigente.

O valor desse depósito giraria em torno de R$ 3,245 milhões. Esse é o segundo embate entre clube e jogador. Há pouco mais de duas semanas, o atacante perdeu a primeira batalha com o Cruzeiro na Justiça para conseguir a liberação e jogar em outro clube. Em ação movida em caráter liminar, o colombiano teve o pedido negado pelo juiz.