Em jogo eletrizante no Mineirão, o Cruzeiro perdeu para o São Paulo, por 2 a 1, na noite desta quarta-feira (19), pelo duelo de volta da quarta fase da Copa do Brasil. Porém, como havia vencido a partida de ida, no Morumbi, por 2 a 0, a classificação ficou com a Raposa. Lucas Pratto e Gilberto marcaram para o Tricolor, enquanto Thiago Neves descontou.

O resultado impôs a primeira derrota ao Cruzeiro em 2017. E última vez que o clube mineiro havia perdido dentro do Gigante da Pampulha foi em novembro do ano passado, para o Internacional, por 1 a 0.

Classificada, a Raposa espera pelo sorteio que irá definir os confrontos das oitavas de final da Copa do Brasil. O sorteio será realizado nesta quinta-feira (20), às 12h, na sede da CBF.

Agora, ambos os times voltam a campo no domingo (23). O Cruzeiro receberá o América-MG, às 18h, no Mineirão, pelo jogo de volta das semifinais do Campeonato Mineiro. Na ida, houve empate por 1 a 1. Já o São Paulo enfrentará o Corinthians, em Itaquera, para tentar reverter a derrota por 2 a 0, domingo passado, no primeiro jogo das semifinais do Campeonato Paulista.

São Paulo é melhor e marca com Pratto

Após perder o primeiro jogo por 2 a 0, o São Paulo partiu para cima do Cruzeiro no Mineirão. A equipe paulista visava chegar à área celeste através de toques rápidos, envolvendo o adversário. Em uma tentativa inicial de abafa, Cícero pegou bola afastada pelo goleiro Rafael, e emendou de canhota, levando perigo à Raposa.

Aos 11 minutos, o Cueva perdeu uma chance incrível para abrir o placar no Gigante da Pampulha. Lucas Pratto deixou o peruano cara a cara com Rafael, mas o gringo bateu para fora, à esquerda do goleiro cruzeirense. Quatro minutos depois, contudo, o São Paulo enfim transformaria a pressão inicial em gol. Morato cruzou para a área, e Pratto, no meio dos dois zagueiros, cabeceou no canto direito.

À metade do primeiro tempo, o técnico Rogério Ceni foi forçado a queimar uma alteração, pois Bruno pediu para sair. Jucilei entrou no lugar do lateral-direito. Apesar da mudança tática – Wesley passou a fazer a lateral direita após a saída de Bruno –, a equipe tricolor continuou levando perigo ao gol do Cruzeiro. Em chute venenoso de Pratto, Rafael teve de mostrar toda sua elasticidade para espalmar a bola – ainda tocou na junção da trave – para a linha de fundo.

O Cruzeiro conseguiu sua primeira ação ofensiva perigosa somente aos 37 minutos. Diogo Barbosa fez jogada individual, Rafael Sóbis ficou com a bola e cruzou para a área, onde Arrascaeta soltou um petardo que tirou lasca do travessão.

Antes do intervalo, a equipe mineira equilibrou as ações e, com toques de passes rápidos, tentou gerar espaços na defesa são-paulina, que, por sua vez, se mostrou consciente para rechaçar as investidas celestes.

Segundo tempo eletrizante e com emoção até o fim

O clima no início do segundo tempo foi morno se comparado ao começo da primeira etapa. Muito porque o São Paulo não conseguia imprimir o mesmo ritmo, e o Cruzeiro passou a diminuir os espaços dos paulistas a partir da marcação pressão.

Mas, aos 15 minutos, o panorama da partida mudou completamente. Thiago Neves empatou o placar em cobrança de falta que desviou na barreira e enganou Renan Ribeiro. O gol obrigou o São Paulo a se expor ainda mais, fornecendo brechas ao ataque celeste comandado pelo veloz Arrascaeta.

Inclusive, o camisa 10 da Raposa errou uma finalização com a perna esquerda e desperdiçou a chance de virar o embate. Rafinha repetiu o feito do meia uruguaio, mas chutou fraco, facilitando a vida de Rafael.

Aos 32 minutos, Morato ficou livre no ataque, recebeu, abriu espaço e finalizou forte; Rafael espalmou para a linha de fundo. No lance seguinte, a bola sobrou para Gilberto na área, e o atacante fuzilou as redes. O gol renovou as forças do time são-paulino, que, a mando de Rogério Ceni, armou uma linha de quatro atacantes.

O Cruzeiro não se deu por vencido, e Léo, em cabeçada violenta, pôs Renan Ribeiro para trabalhar. O lance seria o último perigoso da noite, uma vez que a Raposa segurou o ímpeto são-paulino e carimbou a classificação.