O primeiro jogo da decisão do Campeonato Mineiro nem foi disputado ainda e a partida de volta já está recheada de polêmicas. O mando do segundo duelo é do Atlético-MG, e, caso aconteça na Arena Independência, o posicionamento da Polícia Militar de Minas Gerais é de que tenha torcida única no Horto. Isso, no entanto, não tem agradado nem um pouco à diretoria do Cruzeiro, o outro finalista.

Nesta quinta-feira (27), representantes da Raposa estiveram no Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) com a intenção de pedir ao órgão que intervenha junto à PM, fazendo com que essa postura inicial caia por terra - o que liberaria o acesso do torcedor celeste ao Independência. Fabiano Costa, advogado do Cruzeiro, não descartou a possibilidade do clube tomar medidas judiciais para garantir que a torcida cruzeirense tenha esse direito.

"Existe uma série de infrações que estão sendo cometidas ao impedir a torcida do Cruzeiro de frequentar o estádio do adversário na segunda partida da final. Evidentemente que essas medidas estão sendo estudadas, como a forma como o Cruzeiro pode vir a agir, mas, se o bom senso prevalecer, a gente espera que isso não seja necessário. Em breve, em pouco tempo, esperamos ter a notícia de que a torcida pode frequentar o estádio sem qualquer percalço, sem qualquer problema", afirmou.

O advogado celeste reforçou que a Raposa tem respaldo legal para exigir que seu torcedor vá à partida decisiva do Mineiro e que a diretoria fará tudo o que for possível para isso aconteça. "O Cruzeiro fará a defesa intransigente dos seus torcedores, não medirá esforços. Essa é a determinação do Bruno Vicintin e do presidente [Gilvan Tavares], que não meçamos esforços para defender os interesses da torcida para garantir o seu acesso, como a lei assim estabelece, ao Independência", enfatizou.

Depois que representantes do Cruzeiro foram até o MPMG relatar a questão e solicitar apoio do órgão, o promotor Paulo de Tarso Morais Filho afirmou que o Ministério vai dialogar com a PM para que seja avaliada a presença das duas torcidas.

"Foi feita a reunião com a direção do Cruzeiro, que reivindicou ao Ministério Público o tratamento isonômico dos órgãos do estado no que tange à presença da torcida do Cruzeiro no segundo jogo da final do Mineiro – caso o Atlético mande a segunda partida no Independência, já que a PM se pronunciou previamente no sentido de que não seria possível a realização do segundo jogo com as duas torcidas. O Ministério Público empreenderá todos os esforços junto à Policia Militar, que possui um trabalho de excelência, e poderá reavaliar o quadro para garantir a presença das duas torcidas no estádio", disse Paulo.