Cruzeiro e Atlético disputaram um clássico tomado pelo equilíbrio, na tarde deste domingo (30), no Mineirão, e empataram sem gols. A Raposa buscou mais o ataque no primeiro tempo, ao passo que o Galo tinha como tática se segurar na defesa e sair em contragolpe. Na segunda etapa, ambos as equipes chegaram a criar boas chances de gol, mas o placar não saiu do zero. A partida foi válida pela ida da final do Campeonato Mineiro.

Agora, o Cruzeiro precisa vencer o Atlético por qualquer placar no segundo jogo para poder levantar a taça. Ao time alvinegro, basta apenas um empate para conquistar o título. O confronto de volta está marcado para o próximo domingo (6), às 16h, na Arena Independência.

Antes, porém, os dois rivais têm compromissos por copas, na quarta-feira (3). Às 21h45, o Cruzeiro receberá a Chapecoense, no Mineirão, pela partida de ida das oitavas de final da Copa do Brasil. Um pouco mais cedo, às 19h30, o Atlético enfrentará o Sport Boys, em Warnes, na Bolívia, valendo pela quinta rodada do Grupo 6 da Copa Libertadores da América.

Primeiro tempo estudado e sem perigo de gol

Foto: Washington Alves/Cruzeiro
Foto: Washington Alves/Cruzeiro

Apesar do clima contagiante no Mineiro devido ao apoio da torcida cruzeirense, nem Cruzeiro nem Atlético se arriscaram nos primeiros 15 minutos iniciais. Ambos fizeram um jogo de estratégias, de modo que as equipes visam fechar os espaços e não permitir o avanço do adversário.

O Cruzeiro se lançou mais à frente depois do minuto 20, enquanto o Atlético, bem fechado atrás, deixava seu rival jogar. A equipe cruzeirense tentava ações ofensivas pelo lado esquerdo, com Diego Barbosa e Rafinha partindo para cima de Marcos Rocha.

Já o time atleticano tinha em Rafael Carioca o seu termômetro: o camisa 5, muitas vezes usado como um terceiro zagueiro ao lado de Leonardo Silva e Gabriel para auxiliar a saída de bola do Atlético, era quem ditava o ritmo na equipe. Por outro lado, Fred e Robinho pouco conseguiram produzir no ataque.

O primeiro tempo terminou com poucas chances de gol. O Cruzeiro colocou o goleiro Victor para trabalhar em chutes sem perigo de fora da área, e o Atlético nem sequer conseguiu arrematar contra a meta de Rafael. A equipe celeste chegou a ter 59% de posse de bola ante 41% do Galo.

Equilíbrio e nada de gols

Foto: Washington Alves/Cruzeiro
Foto: Washington Alves/Cruzeiro

A etapa final começou com uma chance de gol que superou todas as outras do primeiro tempo. Após inversão de jogo, Marlone passou para Marcos Rocha, o lateral achou Elias entrando na área, tocou, e o volante finalizou à direita da meta cruzeirense. O Cruzeiro respondeu três minutos depois: Thiago Neves cobrou falta para a área, Hudson se jogou na bola e mandou por cima do gol de Victor.

Com mais presença ao ataque, o Atlético assustou novamente. Marlone cobrou escanteio, Gabriel apareceu como arma surpresa e emendou de primeira, bem próximo ao poste esquerdo. Já o Cruzeiro ficou mais ofensivo com a entrada do centroavante Ábila no lugar de Thiago Neves. O atacante argentino, inclusive, colocou Victor para trabalhar quando teve espaço. Na sequência do lance, Arrascaeta tentou um chute colocado, que subiu por muito e saiu por cima do gol.

O cenário do jogo na segunda etapa mudou de panorama quando Roger sacou o meia Maicosuel para mandar a campo o volante Adilson. Com isso, a equipe ficou mais recuada e adotou o contra-ataque como arma principal para tentar surpreender o Cruzeiro.

Aos 33 minutos, o Atlético quase tirou o zero do placar no Mineirão. Elias passou para o camisa 9, ele dominou já tirando o próprio marcador e finalizou com perigo, à esquerda de Rafael. Aproximando o fim do clássico, Mano Menezes, técnico do Cruzeiro, trocou Arrascaeta por Elber, a fim de tentar arrancar um gol que daria vantagem para o jogo de volta. No entanto, nada disso aconteceu, e o clássico terminou empatado.