Invicto no Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro foi até a Vila Belmiro e bateu o Santos por 1 a 0 na tarde deste domingo (28), pela terceira rodada da competição nacional. Placar simples fora de casa, que garantiu aos mineiros a segunda colocação, com sete pontos. O técnico da Raposa, Mano Menezes, demonstrou satisfação com o desempenho de seus comandados neste início de Brasileirão.

"A equipe está dentro de um bom padrão de Campeonato Brasileiro e fez um bom jogo desde o primeiro tempo, soube se comportar, tirou a velocidade e a pressão que o Santos faz aqui contra seus adversários, teve o controle do jogo. Acho que podemos melhorar a última parte da preparação da jogada, mas esse é um outro estágio", afirmou.

Jogar contra o Santos na Vila Belmiro não é fácil. O time paulista sempre dificulta o percurso dos que tentam garantir seus pontos lá, e por isso o triunfo do Cruzeiro é para ser bastante comemorado. Ainda assim, para Mano, o ganho só vale mesmo a pena se o bom rendimento foi mantido.

"Eu disse isso para os jogadores antes [do jogo] que poucas equipes pontuam ou constroem vitórias aqui. O valor desses pontos passa a ser importante na frente, desde que a gente continue produzindo bem como equipe. Não adianta sentarmos em cima dos três pontos aqui e acharmos que não precisamos continuar assim", disse.

Contra o Santos, Mano entrou com uma linha três volantes, composta por Hudson, Henrique e Ariel Cabral. Com Rafinha poupado e Thiago Neves retornando de lesão, o meio-campo celeste se completou com Alisson e Arrascaeta, tendo Rafael Marques como centroavante. Ainda, na lateral direita, Lucas Romero jogou improvisado. Ao longo da partida, Mano promoveu substituições que deram certo, como a entrada de Thiago e Ábila, respectivos autores da assistência e do gol contra o Santos.

"O grupo de jogadores do Cruzeiro é maravilhoso. Eles sempre têm um comprometimento muito grande na busca de fazer aquilo que é pedido. Às vezes, não conseguimos porque no futebol não se consegue sempre e a qualidade do adversário nos induz ao erro. Sabemos que este é um início de competição e que temos que partir daqui para melhor. Essa compreensão e esse entendimento dão resultados como o de hoje, mas a caminhada é muito longa e precisamos nos impor como equipe em outros tipos de jogos, principalmente quando jogamos em casa e o adversário espera mais atrás", enfatizou.

O "grupo é maravilhoso" mas ainda pode receber peças. O atacante Sassá, atualmente no Botafogo, vem sendo cogitado no Cruzeiro, que mandaria Marcos Vinícius para o clube carioca - estariam restando apenas exames do meia celeste. Essa negociação ainda não foi oficializada, mas Mano não fugiu das perguntas.

"Por enquanto, é uma expectativa, e quando se tornar realidade, falo com vocês o que penso. Não é correto fazer análise de uma coisa que ainda não aconteceu, expondo nomes de jogadores. Depois podemos falar tranquilamente, como a gente sempre faz", comentou. "É uma negociação que está aberta. Quando, e se, ele for jogador do Cruzeiro, aí falamos sobre essas características. É bom esperar. No futebol, as coisas às vezes não se concretizam, e eu estou aqui falando do Sassá, com o Sassá sendo jogador do Botafogo. Não tem sentido eu fazer isso", ponderou.

Mano improvisa Lucas Romero mais uma vez

Com o lateral-direito Ezequiel ainda de fora, Mano só tem Lennon como jogador de ofício dessa posição no elenco. Ainda assim, o treinador tem optado por improvisar jogadores na lateral celeste, como vem fazendo com o volante Lucas Romero. No jogo deste domingo, o comandante celeste ainda resgatou uma justificativa tática específica de jogadores do Santos para a sua escolha.

"A escolha por Romero foi porque no ano passado ele fez essa atuação no momento em que a gente precisou e me dava uma segurança maior. Também poderia, na dificuldade do jogo, pelo Bruno Henrique ser um jogador muito agudo e de estatura boa, inverter Hudson e Romero. A gente sabia que ia ser atacado por aquele lado, que a jogada de velocidade do Santos é ali, seja com Copete ou Bruno Henrique, tínhamos que ter um jogador mais de marcação", explicou.

Mano ainda comentou o porquê de não ter escolhido Lennon como titular para a vaga de Ezequiel. "Lennon ainda está sendo trabalhando para saber jogar na linha de quatro, como a gente joga. É um jogador de apoio forte, e quando entendermos que ele está pronto, também vai jogar", justificou.