Róbson Michael Signorini, ou simplesmente Robinho, de 29 anos, é uma das estrelas do Cruzeiro, que luta pelo pentacampeonato da Copa do Brasil. Na próxima quarta-feira (27), no Mineirão, às 21h45, a equipe celeste disputa o jogo de volta da final da competição contra o Flamengo, após empatar a partida de ida em 1 a 1.

O meio-campo, contratado por empréstimo junto ao Palmeiras em 2016, teve seu vínculo assinado em definitivo nesta temporada com a Raposa. Com seu nome atrelado a uma grande qualidade técnica, o jogador paranaense, nascido na cidade de Marialva, logo conquistou a torcida cruzeirense.

Robinho durante partida nesta temporada (Foto: Juliana Flister/Light Press)

Desde sua chegada ao clube, Robinho deu belos dribles, lutou, dedicou-se ao máximo e decidiu partidas importantes com gols e assistências. No total, são 58 jogos, com 11 passes para conclusões às metas adversárias e 16 tentos anotados.

Mas nem tudo são flores para o atleta celeste. Robinho convive costumeiramente com lesões. Somente em 2017, o camisa 19 soma dois afastamentos que o tiraram dos gramados por mais de 80 dias. O fato não é novidade na carreira do meia. Nos últimos cinco anos, foram 13 problemas clínicos. 

A personalidade de Robinho 

Sempre afiado nos seus discursos, Robinho nunca fugiu de nenhuma pergunta ou questionamento. No mês de julho, o Cruzeiro viveu um dos momentos mais tensos de sua temporada após derrota para o rival Atlético-MG por 3 a 1, no Brasileirão. Na ocasião, a equipe sofreu seis gols em dois jogos (empate em 3 a 3 com o Palmeiras pela Copa do Brasil além do clássico) e a pressão pelos lado da Toca foi grande.

Após protestos de torcedores em frente à sede do clube, o meia foi indagado sobre a insatisfação da torcida cruzeirense e não deixou de opinar. "Fico triste, porque são meus companheiros, é meu treinador. Quando acontece esse tipo de coisa, é chato. Realmente a gente conversou. E eu não acho que isso é positivo, não. Isso é mais pressão para o elenco, para o grupo. Acho que no estádio você vaiar é uma coisa, agora fazer esse tipo de cobrança é complicado", pontuou.

"Mas o torcedor está no direito dele, a gente não vem de bons resultados, não estamos conseguindo a vitória, mas vamos conversar esta semana, isso não pode abalar nossa equipe, e se abalar vai ser pior. A gente tem um comandante muito bom, que é o Mano, e jogadores que a gente confia muito, casos do Leo e do Caicedo. Vamos passar força pra eles para a gente sair desta situação", completou ao canal Fox Sports, citando os zagueiros da Raposa, muito criticados na época.

Também não fugiu da responsabilidade nos momentos relevantes. Após perder cobrança de pênalti nas semifinais da Copa do Brasil, contra o Grêmio, na qual o clube saiu classificado, Robinho foi enfático."Eu sou o cobrador oficial do time, dentro dos jogadores que estavam em campo. Não posso perder, de forma alguma. A responsabilidade seria minha se o Cruzeiro não passasse", destacou.

Robinho contra o Grêmio, só que pela Primeira Liga (Foto: Washington Alves/Cruzeiro)

 

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Sobre o autor
Matheus de Morais
Estudante de Jornalismo, redator, apurador e apresentador.