O ano do Cruzeiro dentro de campo já terminou. Os jogadores já saíram de férias e podem curtir os resultados do que foi uma bela temporada, com a quinta colocação no Campeonato Brasileiro e a conquista do penta na Copa do Brasil. Para a diretoria, no entanto, não é tão simples assim. A temporada terminou e o planejamento para a próxima temporada está a todo vapor no.

E se tem uma posição que o clube enfrentou dificuldades neste ano foi a lateral direita.

O técnico Mano Menezes começou a temporada com duas opções que pareciam dar conta do recado: Mayke e Ezequiel. O primeiro disputou a maioria dos jogos do Campeonato Mineiro; após o término do Estadual, rumou ao Palmeiras e fez o clube celeste ir ao mercado. Assim, foi efetuada a compra de Lennon junto ao Cruzeiro-RS. 

A titularidade, então, foi jogada as mãos de Ezequiel, jogador que já integrava o clube desde 2016, mas não teve muitas chances. Seu começo foi bom, chegando a despertar na torcida a sensação de que o bicampeão brasileiro Mayke não faria falta. Porém, o camisa 2 cruzeirense enfrentou diversas lesões no ano, que o permitiu  participar de apenas 39 partidas no ano, sem alguma grande sequência. Foram problemas dos músculos no quadril, uma pubalgia crônica e, por fim, uma hérnia inguinal.

Com todos esses contra tempos, Mano Menezes análisou o grupo e não conseguiu confiar na opção direta para repor a posição (Lennon) e teve de improvisar. Aí que entra o nome de Lucas Romero, volante, que enfrentava forte concorrência pois a posição estava muito bem servida e atendendo os desejos do treinador.

O novo "lateral", de cara, não demonstrou enfrentar dificuldades em exercer a função e logo caiu nas graças da torcida, por toda vontade e determinação durante as partidas. Jogando improvisado, o gringo deixou, inclusive, o dono da posição no banco durante várias oportunidades na temporada. Ezequiel, sofrendo com um calvário de lesões, não retornou em alto nível, foi criticado e vaiado pela torcida em algumas oportunidades, como no clássico contra o Atlético-MG, no Mineirão, em outubro – vitória alvinegra, de virada, por 3 a 1.

O atleta Rafael Gualhardo, que estava sem clube, foi integrado ao elenco em julho, porém assinou um contrato de risco por não passar nos exames médicos do clube, que apontaram que a cirurgia dos ligamentos do lateral não estava completamente recuperada. Com isso, sua estreia foi somente em novembro, para as quatro partidas finais do Campeonato Brasileiro. O atleta não atuou em todos os jogos, mas teve uma boa participação quando solicitado por Mano Menezes. Como prêmio, a cúpula celeste resolveu renovar seu contrato. 

Com todos estes problemas não resolvidos, a diretoria já tornou público que irá ao mercado em busca de reforços para a posição, e inclusive já se tem especulações das possíveis chegadas do experiente Rafinha, que atua no Bayern de Munique, e de John Narváez, da LDU.