Na tarde de quarta (26), Flamengo e Atlético-PR se enfrentaram em jogo válido pela 4ª rodada da fase de grupos da Copa Libertadores da América. Em jogo equilibrado, o Flamengo não conseguiu superar seu retrospecto negativo na Arena da Baixada e perdeu novamente em terras paranenses. Desde a reinauguração do estádio em 1999, o Flamengo venceu o Atlético-PR em apenas uma ocasião em 2011, quando Ronaldinho Gaúcho ainda integrava o elenco carioca.

Com o resultado, o Flamengo perde a liderança do Grupo 4 para o próprio Atlético-PR, que assume o topo da tabela com sete pontos. O Rubro-Negro carioca vem logo atrás, com seis pontos.

Na próxima rodada, os dois times buscam definição no torneio diante de suas torcidas. O Flamengo enfrenta a Universidad Católica na quarta-feira (3), no Maracanã; no mesmo dia, o Atlético-PR recebe a equipe do San Lorenzo na Arena da Baixada. Para que ambas as equipes rubro-negras se classifiquem para a próxima fase da Libertadores, um resultado vitorioso é o bastante. Para o Flamengo, uma vitória contra os chilenos e um empate do Atlético-PR também assegura a vaga nas oitavas de final.

Equilíbrio dita ritmo da primeira etapa

Soberano no início da partida, a equipe do Atlético-PR era forte e dominante. Chegando ao impressionante índice de 86% de posse de bola, o Furacão teve sua primeira grande chance em chute de Nikão, aos sete minutos. Na sobra de bola dentro da área, o atacante se livrou do zagueiro Rafael Vaz e acertou a trave carioca em forte chute com a perna esquerda. Entusiasmados, os paranaenses mantiveram a superioridade em campo, trabalhando em jogadas rápidas pelas laterais. Tendo como principal preocupação neutralizar as investidas ofensivas adversárias, o Flamengo acuou-se e tinha extrema dificuldade para sair de seu campo defensivo.

Aos poucos, a equipe carioca foi ganhando espaço e equilibrando a partida. Com 11 minutos de bola rolando, o peruano Guerrero teve chance de igualar o placar sozinho, de frente para o goleiro Weverton, mas chutou para fora. No entanto, os flamenguistas presentes pareceram perdoar o peruano. Grande nome do Flamengo no jogo, o atacante fez de tudo um pouco e chegou a cobrir a ausência do meia Diego, que só deve reintegrar a equipe em maio após o tratamento de uma lesão no joelho.

Com o crescimento do Flamengo na partida, o Atlético-PR tinha extrema dificuldade de chegar à linha de fundo por meio do toque. Os artifícios usados pela equipe paranaense foram, então, o cruzamento e as viradas de bola, impedindo uma aproximação rápida da defesa do Flamengo e possibilitando o avanço ofensivo. No lado carioca, Willian Arão foi referência na marcação e na saída de bola rubro-negras, balanceando de vez a partida.

O 1º gol da equipe do Atlético-PR ocorre justamente no melhor momento do Flamengo na primeira etapa. Em cobrança de falta, o zagueiro Thiago Heleno subiu mais alto que todos os outros e contou com uma falha do goleiro Alex Muralha para estufar as redes e abrir o placar aos 35 minutos. Sem mais lances significativos, os 45 minutos inicias de foram marcados por poucas faltas (apenas 2 faltas nos primeiros 31 minutos) e extremo equilíbrio entre ambas as equipes (6 finalizações para cada lado, os dois times com 50% de posse de bola).

Gabriel desperdiçou grandes chances de gol na partida (Foto: Gilvan de Souza/Fla Imagem)
Gabriel desperdiçou grandes chances de gol na partida (Foto: Gilvan de Souza/Fla Imagem)

Quem não faz, leva

Quaisquer tenham sido as palavras de Zé Ricardo no vestiário, elas parecem ter feito efeito. Na etapa final, a equipe do Flamengo voltou a campo trabalhando com muito mais facilidade a bola e aproveitando as brechas defensivas do Atlético-PR. O Rubro-Negro chegava com facilidade à área adversária.

Aos dois minutos, Guerrero estufou as redes, mas teve seu gol anulado devido a um impedimento no lance. Não fossem os inúmeros erros na finalização no decorrer da etapa, os cariocas teriam facilmente revertido o placar. As falhas mais marcantes vêm dos pés de Leandro Damião, que perdeu uma chance clara em finalização para fora e acertou outra bola no travessão e de Gabriel, que chutou também para fora estando de frente para o gol.

Vale ressaltar, no entanto, que no futebol, a bola pune - e o Furacão soube aproveitar isso. Após bela jogada de contra-ataque, Felipe Gedoz chutou forte e estufou as redes da Arena da Baixada, ampliando o placar para o time da casa nos minutos finais da partida. Pouco interessante, o  segundo tempo foi marcado por um jogo truncado e de baixa qualidade técnica, panorama oposto ao futebol apresentado na primeira etapa. Desestruturado após sofrer o segundo gol, o Flamengo ainda teve tempo de descontar o placar com Willian Arão, aos 43 minutos.