Em jogo válido pela Copa Sulamericana, o Flamengo foi ao Chile para enfrentar o Palestino-CHI pelo jogo de ida da segunda fase da competição. Com a sombra de uma eliminação para o time chileno, bastante inferior técnica e financeiramente, no ano passado, o Rubro-Negro foi em busca de um bom resultado fora de casa, e conseguiu. O placar de 5 a 2 traz uma boa vantagem para o Flamengo, que pode perder até por 3 a 0 em casa que estaria se classificando para a próxima fase.

O próximo encontro entre as duas equipes ocorrerá no dia 9 de agosto, na Ilha do Urubu, no Rio de Janeiro. O time da Gávea contará com o apoio de sua torcida para fazer valer o mando de campo e confirmar sua classificação e seu favoritismo. A equipe do Palestino-CHI, ao contrário, busca uma recuperação fora de casa, e vai correr atrás de um milagre para reverter o placar: o time chileno precisaria fazer ao menos 4 gols, sem levar nenhum, para avançar à próximo fase.

Primeiro tempo morno, mas com Flamengo melhor

O primeiro tempo começou como esperado: a equipe chilena jogando recuada, e esperando o Flamengo atacar, para sair no contra-ataque. Embora estivesse jogando em casa, o Palestino-CHI era ciente do abismo técnico entre seu elenco e o elenco rubro-negro, e preferiu começar o jogo atrás, jogando no erro do adversário. Além disso, nada mais justo para uma equipe que fazia seu primeiro jogo da temporada - a temporada chilena acompanha o calendário europeu, e começa e termina no meio do ano, em vez de nos extremos. Do outro lado estava um Flamengo remendado, jogando com 6 reservas, e procurando um rápido entrosamento, embora a maioria dos jogadores escaladas já terem jogado juntos em outros jogos. 

Com esse panorama, o jogo era repetitivo: O Flamengo tocava a bola de um lado para o outro, e quando achava espaço nas pontas, jogava na área para Leandro Damião tentar alguma coisa. Quando o clube chileno recuperava, tentava a ligação direta, que era logo cortada pela zaga rubro-negra, ou tentava sída com troca de passes, também sem muito sucesso. Sem muitos sustos, foi um período truncado e terminou 0 a 0.

Segundo tempo agitado, com chuva de gols

A segunda etapa foi o contrário da primeira. Apesar da substituição de seu centro-avante por um volante, o Palestino-CHI voltou para o segundo tempo mais aberto. Logo no primeiro escanteio do segundo tempo, com 1 minuto, o zagueiro Réver desviou para o Flamengo meio sem querer e abriu o placar. Com isso, perdendo em casa, o time chileno teria que se mandar ao ataque, e também em duas bolas paradas seguidas o Palestino-CHI chegou à virada: Romo e Vidal marcaram e, a essa altura, com 3 gols aos 11 do segundo tempo, já era uma partida agitada.

Se parecia, no entanto, que iria passar um filme na cabeça dos rubro-negros, e o raio iria sim cair duas vezes no mesmo lugar, a torcida acabou suspirando de alívio, quando Berrío, numa sobra na área adversária, e Damião, com classe, de letra, viraram, dessa vez para o Flamengo. Com o time chileno abatido, e com o Flamengo mantendo o volume de jogo, acabaram saindo mais 2 gols: Rafael Vaz, após cabeçada de Damião em escanteio; e Éverton Ribeiro, de pênalti sofrido por ele próprio, após bonita jogada, ambos marcando seu primeiro tento pelo Clube da Gávea, e confirmando o favoritismo rubro-negro. Vale ressaltar que, embora o público tenha sido muito pequeno, e que até os torcedores do Palestino não tenham comparecido em bom número, o pequeno grupo de flamenguistas no estádio se fazia ouvir, cantava e empurrava seu time para a vitória.

Em seu terceiro jogo pelo Flamengo, Éverton Ribeiro já soma duas assistências e, com o pênalti de hoje, um gol I Foto: Staff Images/ Flamengo
Em seu terceiro jogo pelo Flamengo, Éverton Ribeiro já soma duas assistências e, com o pênalti de hoje, um gol I Foto: Staff Images/ Flamengo

O próximo compromisso do Flamengo é no sábado, pelo Campeonato Brasileiro 2017, contra o Vasco da Gama. O jogo será às 18 horas, no estádio São Januário, com mando do Vasco. Pela Copa Sulamericana, Flamengo e Palestino-CHI se enfrentam no dia 9 de agosto, na Ilha do Urubu, pelo jogo de volta.

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Sobre o autor
Lucas Mathias
Estudante de jornalismo e redator do Flamengo