O paredão chegou na Gávea. Diego Alves, de 32 anos, foi apresentado no Salão Nobre da Gávea na tarde dessa segunda-feira (17), ao lado do VP de finanças, Cláudio Pracownik, do diretor de futebol, Rodrigo Caetano, e do presidente, Eduardo Bandeira de Mello.

Logo no início, Caetano fez questão de destacar o desejo do Diego de jogar no Fla, incluindo uma ligação para o diretor de futebol: "O Diego foi o personagem mais decisivo nesta negociação. Após o contato de algumas pessoas que não fazem parte deste ambiente do futebol, recebi uma ligação do Diego, na qual ele se manifestou. Partiu dele o desejo de vir, buscar uma saída, que o Valencia viabilizasse".

Ao invés do desejo de jogar na Seleção na Copa do Mundo de 2018, o goleiro afirmou que o que fez escolher o Rubro-Negro foi o próprio Flamengo, mas deixou claro que quer continuar sendo convocado por Tite. Além disso, revelou estar acompanhando o clube, inclusive assistindo a última partida, contra o Cruzeiro:

"Eu vim para o Flamengo pensando no Flamengo. A vinda foi pensando no Flamengo, pensando na minha vida profissional no Flamengo. Acredito que a seleção brasileira é um prêmio pelo momento que o jogador vive no seu clube. Em todos os clubes em que passei, tive a oportunidade de estar na Seleção. Vou trabalhar bastante para também ser convocado no Flamengo"

Diego Alves ainda comentou sobre a fama de pegador de pênaltis (na Espanha, o goleiro defendeu 25 dentre 53 cobranças, sendo carrasco de Cristiano Ronaldo e Messi). Para o jogador, o Diego que chega ao Fla é o goleiro, e não somente o pegador de pênaltis.

"Eu sei que é um assunto que se debate bastante, por eu defender bastante pênalti, mas eu levo com naturalidade. Tem de perguntar para os cobradores. Na Espanha sempre me perguntaram isso, mas eu não gosto de pênalti. Não gosto. Mas estou sempre preparado. Antes do pegador de pênalti, vem o Diego Alves goleiro, que tem de ser importante em muitas outras coisas".

Por fim, Diego falou sobre a pressão por títulos no Fla, e garante que o clube tem condições de dar uma ''grande alegria'' para o seu torcedor ainda em 2017: "Eu acho que o futebol brasileiro melhorou bastante. Isso demonstra a vontade de os jogadores voltarem para jogar no futebol brasileiro. Quando se fala no Flamengo, se fala em título. A história do clube te exige falar de título. Claro que é cedo, tem muito chão pela frente, mas é importante. É um objetivo do clube, dos jogadores. Acho que temos chances, sim, de ter uma grande alegria", encerrou Diego.