A final da Copa Sul-Americana, que tem início nesta quarta-feira (6) às 21h45, marcará o duelo de dois jovens jogadores que se destacaram na competição em 2017: Ezequiel Barco, do Independiente (ARG), e Lucas Paquetá, do Flamengo, tem caminhos semelhantes na base e no profissional. O argentino é fundamental para a equipe de Avellaneda, enquanto o jovem brasileiro cresceu muito com a chegada de Reinaldo Rueda no Rubro-Negro.

Cobiçado e valorizado, Barco comanda o jovem time do Independiente

Foto: MB Media/Getty Images
Foto: MB Media/Getty Images

O que você faz/fazia com 18 anos? O argentino Ezequiel Barco, do Independiente, joga muito bem e é um dos melhores jovens jogadores da equipe e do país atualmente. No início do ano, o meia foi convocado para o Sul-Americano sub-20.

Disputou oito partidas e não marcou nenhum gol. A Argentina terminou a competição na quarta colocação, classificando para o mundial porém, o Independiente não liberou Barco para a disputa da principal competição da categoria. O jovem meia fez 63 partidas na carreira, anotou sete gols e deu sete assistências.

(Fonte: Footstats)
(Fonte: Footstats)    

    

De acordo com o Who Scored?, Barco pode atuar como meia central, onde se sai melhor, e como meia esquerda. No mapa de calor da partida de ida da semifinal contra o Libertad, Barco atuou pouco pelo meio, e flutuou mais pelos extremos, como mostra o Foostats. 

Segundo a imprensa argentina, o meia deve se transferir ao fim da Sul-Americana para o Atlanta United (EUA), que disputa a Major League Soccer, por 14 milhões de dólares, tornando Barco a contratação mais cara da história da MLS. Antes, foi recusada uma proposta de quase 6 milhões de euros do Benfica pelo jovem prodígio do 'Rey de Copas'.

Ezequiel Barco é apontado pela imprensa argentina como "novo Kun Agüero" - Agüero foi formado no Rojo e estreou na equipe com 15 anos - e quer se despedir do Independiente deixando o título da Sul-Americana na galeria de troféus da equipe, e protagonizar um novo 'Maracanazzo', como disse em entrevista ao jornal Olé.

Com Rueda, Paquetá virou peça importante no Flamengo

(Foto: Gilvan de Souza/ Flamengo)
(Foto: Gilvan de Souza/ Flamengo)

Se o Flamengo deu uma guinada na temporada após a saída de Zé Ricardo, ao final do primeiro turno do Brasileirão, muito se deve a Lucas Paquetá. "Descoberto" por Rueda, o jovem meia passou a ser usado constantemente, ajudando o Rubro-Negro a chegar na final da Copa do Brasil e da Sul-Americana, além da classificação para a fase de grupos da Libertadores, via Brasileirão.

(Fonte: Footstats)
(Fonte: Footstats)

 

Campeão da Copa São Paulo em 2016, Paquetá sempre se destacou na base rubro-negra por ser um meia muito habilidoso. Tanto que era figurinha carimbada na Seleção sub-20 e participou do Sul-Americano da categoria, mas por causa de uma lesão, não conseguiu ajudar muito e terminou o torneio sem marcar. 

Subiu para os profissionais com Zé Ricardo, e foi utilizado no Campeonato Carioca 2017. Marcou dois gols, sendo um golaço quase do meio de campo, mas foi pouco utilizado com o ex-comandante, hoje no Vasco.

Com Rueda, Paquetá ganhou destaque e começou sendo utilizado como "falso 9", posição nunca feita antes, e surpreendentemente, o jovem se destacou na posição, mostrando talento e muita entrega, agradando o técnico e os torcedores que passaram a usar Paquetá como símbolo de raça.

Com a volta de Guerrero, e Vizeu sendo mais usado na posição habitual, o meia voltou a ser usado onde está mais acostumado e seguiu atuando bem.

Dono de um controle de bola impressionante, sendo muito difícil desarmá-lo, Paquetá também conta com boa técnica nos passes e boa visão de jogo, além da velocidade. Algo ainda a melhorar, é a finalização, mas mesmo assim conseguiu marcar cinco gols no ano, um inclusive na final da Copa do Brasil contra o Cruzeiro.

O jovem meia pode ajudar Rueda na final da Copa Sul-Americana, como titular, caso Everton ainda não tenha condições de jogo. Assim, jogaria aberto na ponta esquerda, como vem atuando desde a lesão do camisa 22.