O Flamengo conquistou o primeiro título do ano: a Taça Guanabara. A conquista marcou a consolidação do trabalho do técnico Paulo César Carpegiani e a restauração de um sistema de jogo sólido, pouco visto pelos torcedores nos recentes times rubro-negros.

No início do Carioca, o treinador ousou ao mesclar jovens da base com jogadores que voltaram de empréstimo na temporada e o resultado foi surpreendente: 100% de aproveitamento. Para a reta decisiva da Taça Guanabara, já com o time titular, Carpegiani modificou a forma que o time de Rueda jogava e deu maior liberdade aos seus meias.

Na partida contra o Boavista, o time se mostrou maduro e com maior entendimento do que Carpegiani quer: um time compacto, que ataque e defenda com intensidade. Enquanto Diego e Paquetá flutuavam pelo meio de campo e confundiam a marcação adversária, Cuéllar auxiliava o sistema defensivo.

Na frente, apesar das chances criadas, Diego e Éverton Ribeiro não conseguiam o último passe e Dourado ficava refém de bolas divididas e alçadas na área – o que resultou na demora do gol rubro-negro, que só foi acontecer aos 19 do segundo tempo.

(Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)

Apesar de ter sofrido pouco com as investidas do Boavista a defesa do Flamengo se portou bem, mas ainda demanda ajustes. Com a entrada de Rodinei, e as investidas em busca do primeiro gol, Réver e Rhodolfo ficaram expostos e tiveram trabalho com a velocidade de Erick Flores, mas nada em exagero.

Depois da entrada de Vinícius Júnior o Flamengo conseguiu o primeiro gol após a cabeçada para trás de Réver e o desvio contra do zagueiro Kadu. Com o gol, o Boavista se viu obrigado a sair para o jogo e abriu chances para o contra-ataque rubro-negro, que resultou no segundo gol.

Além do título da Taça Guanabara o que ficou marcado foi a experiência dada aos jovens nas primeiras partidas, a experimentação de um time base para a estreia contra o River Plate na Libertadores e principalmente o amadurecimento da joia Vinicius Junior.