O Fluminense começou muito bem o ano de 2017 com a conquista do título da Taça Guanabara, o vice no Campeonato Carioca e as classificações na Sul-Americana e Copa do Brasil. Porém, o elenco sofreu com desfalques e não suportou o calendário do Brasileirão. A falta de experiência e de reposição foram os principais fatores que prejudicaram o trabalho ao longo da temporada. 

Em 2017, o Fluminense marcou 118 gols e além de ter um dos melhores ataques do país, teve também o artilheiro da temporada com 32 gols: Henrique Dourado. Por outro lado, a defesa sofreu 97 gols e foi bastante criticada ao longo do ano. Confira abaixo a análise individual da VAVEL Brasil sobre o elenco.

Goleiros

Diego Cavalieri: Viveu mais um ano de altos e baixos. Começou bem, mas a lesão ainda no começo da temporada atrapalhou e acabou sendo barrado após a eliminação na Copa do Brasil. Voltou a ser titular três meses depois e teve algumas boas atuações.

Júlio César: Virou titular com a barração de Diego Cavalieri, agradou no começo mas voltou a sofrer críticas pela falta de confiança que passava, terminando a temporada no banco de reservas. 

Marcos Felipe: Jogou apenas dois jogos no ano e não recebeu muitas chances, mas soube aproveitar as oportunidades. Foi um dos destaques da vitória sobre o Volta Redonda, pela Taça Guanabara, fazendo defesas difíceis e defendendo até pênalti. 

Zagueiros

Henrique: Melhor zagueiro e o mais experiente da zaga, Henrique é um dos poucos jogadores de defesa e do elenco inteiro que não sofreram com críticas na temporada. O capitão do Fluminense fez três gols no ano. 

Renato Chaves: Apesar das constantes críticas, sempre foi preterido por Abel Braga para ser o titular. Fez cinco gols no ano, a maioria em bola aérea, mas defensivamente deixou a desejar no jogo aéreo e cometeu diversas falhas, como na final do Campeonato Carioca. 

Reginaldo: Grata surpresa no ano. O zagueiro liderou os defensores em desarmes e antecipações, além de ser forte no jogo aéreo na defesa e no ataque. Ganhou oportunidade com a lesão de Renato Chaves, mas voltou a ser reserva quando o zagueiro retornou. Porém, jogou melhor que o titular. 

Mais experiente e capitão, Henrique foi o destaque da defesa do Flu no ano (Foto: Divulgação/Fluminense FC)

Gum: Sofreu com lesões quase o ano todo e jogou apenas cinco jogos, mas quando esteve em campo foi bem. 

Nogueira: Outro zagueiro que sofreu com muitas críticas e cometeu diversas falhas, algumas bem graves. Era a primeira opção no banco de reservas, mas perdeu espaço quando Reginaldo surgiu e será emprestado em 2018.

Frazan: Jogou poucos jogos, mas foi bem. Ganhou oportunidades quando Henrique, Renato Chaves e Reginaldo sofreram com lesões. Mostrou muita personalidade e passou mais segurança que outros zagueiros preteridos por Abel Braga. 

Laterais

Lucas: Sem reserva, Lucas foi titular absoluto durante a temporada, mas era constantemente criticado. Começou bem e teve boas atuações, sendo importante no apoio ao ataque, mas sofreu com desgaste muscular e deixava a desejar defensivamente. Não terá o empréstimo renovado. 

Renato: A segunda passagem do lateral-direito pelo Fluminense não agradou novamente. Contratado para ser reserva imediato de Lucas, sofreu com muitas lesões e quando esteve em campo não agradou. Não continua no clube em 2018 e já foi negociado com o Ceará.

Léo: Foi titular na maior parte da temporada. O lateral-esquerdo começou bem, mas perdeu a confiança e sofreu com muitas críticas. Deixou a desejar no apoio e na defesa, e terminou o ano no banco de reservas. 

Marlon: O lateral-esquerdo foi contratado por empréstimo para ser titular. Jogou menos que o dobro de partidas que o Léo, mas o suficiente para agradar. Será contratado em definitivo para 2018.

Mascarenhas: Ganhou algumas oportunidades quando Léo sofreu muitas críticas, mas foi afastado pela pouca idade após a contratação de Marlon. Em apenas quatro jogos, fez um gol e teve boas atuações. 

Volantes

Orejuela: O volante equatoriano foi contratado para ser titular e resolver um problema na saída de bola da equipe. Começou bem a temporada, mas começou a sofrer com críticas pela falta de vontade na marcação. Problemas fora de campo prejudicaram seu rendimento e será emprestado para a LDU, do Equador. 

Douglas: O volante é um dos destaques da equipe. Sofreu com lesão muscular, mas apesar disso fez boa temporada. Teve boas atuações antes de se lesionar, mas depois que retornou de lesão não conseguiu repetir as atuações anteriores. Mas vale lembrar que todo o time caiu de produção também e isso afetou seu rendimento.

Wendel: Melhor surpresa da temporada. Se destacou entre os reservas e virou titular quando Douglas lesionou. Encantou a todos, marcou golaços e chamou a atenção da Europa. Caiu de rendimento assim que o sucesso subiu a cabeça e terminou o ano como reserva depois que Douglas retornou de lesão. 

Wendel foi a grande revelação da temporada e chamou a atenção dos times europeus (Foto: Divulgação/Fluminense FC)

Richard: Outra grata surpresa do ano. O volante virou titular no lugar de Orejuela e passou mais segurança à defesa. Foi um dos jogadores do elenco que mais conseguiram desarmes e antecipações. Provável que continue como titular em 2018.

Luiz Fernando: Foi muito elogiado pela boa marcação e virou um dos jogadores favoritos de Abel Braga no banco de reservas, mas uma grave lesão o tirou do restante da temporada.

Marlon Freitas: Virou o substituto de Luiz Fernando no banco de reservas depois que retornou da experiência no SK Samorín, da Eslováquia. Sofreu muitas críticas e não agradou, mas sempre recebeu confiança de Abel Braga. 

Mateus Norton: Não recebeu muitas oportunidades e jogou muitas vezes como lateral-direito, já que Renato - que deveria ser o reserva de Lucas - passou muito tempo lesionado. 

Pierre: Sofreu com lesões e teve poucas chances. A melhor atuação foi na final da Taça Guanabara contra o Flamengo. Não teve o contrato renovado.

Meias

Gustavo Scarpa: Sofreu uma grave lesão no começo da temporada e passou por altos e baixos ao longo do ano, mas é o melhor jogador do elenco do Fluminense. Fez apenas sete gols, mas deu 15 assistências. Jogou todas as 38 rodadas do Brasileirão, mas não recuperou as boas atuações antes de se lesionar. Pode render muito mais. Tem o futuro no clube indefinido.

Sornoza: Viveu ótimo momento até se lesionar no começo do Brasileirão. É o cérebro do meio de campo do Fluminense, o jogador que faz a bola rodar, mas caiu de rendimento junto com todo o time na metade final da temporada.

Gustavo Scarpa liderou a equipe com 15 assistências, mas teve uma temporada irregular (Foto: Divulgação/Fluminense FC)

Marquinho: Jogou poucas vezes e não mostrou para que veio nesse retorno ao Fluminense. Sofreu com lesões e perdeu quase toda a temporada. 

Robert: Ganhou poucas oportunidades. Ainda existe expectativa sobre o seu potencial. 

Luquinhas: Não teve chance de mostrar para que veio. Era um dos destaques do SK Samorín, mas jogou apenas três jogos e se lesionou. 

Atacantes

Marquinhos Calazans: Outra boa surpresa do ano. O atacante viveu grande fase até sofrer uma grave lesão no joelho. Se destacou pela velocidade e por ser muito forte no apoio. 

Wellington Silva: Um dos artilheiros e um dos destaques do Fluminense na temporada. Foi importante principalmente no começo do ano, destacando-se pelas jogadas criadas, gols e dribles. Porém, sofreu com lesão no púbis durante o Brasileirão e não conseguiu repetir as boas atuações.

Marcos Junior: Outro jogador que sofreu com altos e baixos no ano. O atacante sofria críticas quando ganhava oportunidades no início da temporada, mas terminou em alta e recebendo elogios por sua vontade e dedicação. 

Matheus Alessandro: Mais uma revelação de muito talento e potencial. Ganhou poucas chances. Passou a ter oportunidades com mais frequência depois da lesão do Calazans e da saída de Richarlison. Marcou apenas um gol, no clássico contra o Botafogo, pelo Brasileirão.

Robinho: Foi contratado para ser o substituto de Richarlison, sendo um jogador com características parecidas, mas ganhou poucas oportunidades. Foi bem nas vezes que esteve em campo e fez apenas um gol. Tem tudo para se firmar em 2018. 

Romarinho: Foi contratado a pedido de Abel Braga. Era um dos destaques do Globo-RN, na Série D, mas não conseguiu render nas poucas vezes que esteve em campo. Foi bastante criticado após a eliminação para o Flamengo na Copa Sul-Americana. 

Henrique Dourado: O grande nome do Fluminense em 2017. Artilheiro do Brasil no ano com 32 gols e do Brasileirão com 18, o atacante viveu o melhor ano da carreira, se firmou no clube e virou um dos jogadores favoritos da torcida. Fez gols de cabeça, com a perna esquerda e direita, e de pênalti (não perdeu nenhum), mostrando muita qualidade para finalizar.

Henrique Dourado foi o artilheiro do ano com 32 gols (Foto: Divulgação/Fluminense FC)

Pedro: Reserva imediato de Henrique Dourado, teve algumas chances e marcou alguns gols. O único jogador do elenco que marcou em todas as competições que o clube disputou na temporada. Sofreu algumas críticas, mas pode evoluir.

Peu: Artilheiro do SK Samorín, da Eslováquia, não conseguiu mostrar para que veio ao Fluminense. Teve poucas chances, não marcou gols e será emprestado em 2018. 

Patrick: Jogou apenas uma partida na temporada. Precisa de mais chances para avaliá-lo. 

Richarlison: Foi um dos destaques da equipe na temporada. Jogador forte ofensivamente com muita capacidade de criar jogadas e marcar gols. Foi vendido para o Watford, da Inglaterra, em julho, e deixou o clube como o vice-artilheiro da temporada e o líder em assistências (foi superado por Gustavo Scarpa). 

Richarlison foi um dos destaques do Fluminense em 2017 e foi vendido para o Watford, da Inglaterra (Foto: Divulgação/Fluminense FC)