Faltou criatividade. O pífio público de um pouco mais de 8000 pessoas no Maracanã define muito bem o que foi a partida entre Fluminense e Botafogo, válida pela segunda rodada da Taça Guanabara, o primeiro turno do Campeonato Carioca. Com atuações ruins por partes das duas equipes, o primeiro clássico de 2018 no Rio de Janeiro teve um nível técnico muito baixo, o que representa que Abel Braga e Felipe Conceição possuem muita coisa para melhorar durante a temporada.

Com esse resultado, as duas equipes se mantém sem vitórias até aqui. O Botafogo, por ter empatado a primeira partida, é o quarto colocado, com 2 pontos, junto com a Portuguesa. O Fluminense, que saiu derrotado na rodada de estreia, é o último colocado do Grupo C do Cariocão, com apenas um ponto somado.

O Tricolor das Laranjeiras retornará ao campo na próxima quarta-feira (24), para enfrentar a Portuguesa às 21h45 (horário de Brasília). No dia seguinte, o clube de General Severiano irá ao Moacyrzão para enfrentar o Macaé, líder da chave até aqui, com uma vitória e um empate. 

Pouca criatividade, muito chutão

Os cinco primeiros minutos de jogo mostraram um Fluminense que buscava o ataque, tentando, principalmente, jogadas pelos lados do campo, aproveitando as subidas dos alas Gilberto e Marlon e a movimentação de Marcos Júnior, que completou 200 jogos com a camisa do Tricolor. Com isso, o treinador Felipe Conceição reclamava demais à beira do gramado da postura da sua equipe, que não conseguia encaixar nenhuma jogada trabalhada.

Com o passar do tempo, a equipe do Botafogo começou a adiantar a marcação, pressionando a saída de bola do Fluminense, que o resultou em uma menor participação dos jogadores de campo e muitas tentativas de ligações diretas por meio da defesa, buscando os homens do ataque. Nesse contexto, a marcação individual de Matheus Fernandes em Junior Sornoza era providencial, já que o equatoriano, teoricamente o cérebro da equipe, não conseguia espaço para criar.

Muita disputa e pouca criatividade: resumo do primeiro tempo (Foto: Lucas Merçon/Fluminense FC)
Muita disputa e pouca criatividade: resumo do primeiro tempo (Foto: Lucas Merçon/Fluminense FC)

A primeira grande chance da partida ocorreu aos 18 minutos. Após uma recuperação no meio-campo, Brenner conseguiu conectar Luiz Fernando, que avançou com liberdade, parou e cruzou em direção à área, onde João Paulo chegou como um elemento surpresa, com muita liberdade, mas que acabou errando o cabeceio, com a bola passando ao lado da meta defendida por Júlio César.

A principal arma do Fluminense eram as cobranças laterais, que eram sempre batidas com muita força, buscando o meio da defesa do Botafogo. Em uma dessas, Gilberto colocou a bola na pequena área, Gum desviou para trás, Jefferson afastou e a pelota sobrou no pé de Pedro, que tentou finalizar de calcanhar, que teve seu chute bloqueado pelo peito do zagueiro Marcelo, com uma grande intervenção.

O primeiro tempo foi, resumidamente, muito pobre. Nenhuma das equipes conseguiu colocar a bola no chão e criar uma chance de ataque, ficando reféns das ligações diretas vindo dos jogadores de defesa. Além disso, os dois times erraram muitos passes, o que acabou sendo um filtro de boas jogadas, que eram raras no Maracanã.

Fluminense é melhor no segundo tempo, mas não consegue chegar ao gol

A equipe de Abel Braga voltou melhor para a etapa complementar. Apesar de faltar criatividade, o Fluminense tinha mais volume no campo de ataque. Em uma cobrança de escanteio, Gilberto cabeceou para uma grande defesa de Jefferson. Na outra batida, o Tricolor chegou a balançar as redes, com o jovem Ibañez, mas o lance foi parado por uma falta de Renato Chaves em João Paulo. Após esse lance, a partida esquentou, com Matheus Fernandes e Marcos Júnior trocando empurrões e discutindo.

O cenário do segundo tempo continuava muito ruim, com pouca criatividade e ataques pífios, mas era mais favorável ao Fluminense, que conseguia prender a bola no ataque e pelo menos tentava assustar. Dessa maneira, Felipe Conceição promoveu as entradas de Ezequiel e Leandro Carvalho, buscando aumentar o fluxo ofensivo do Botafogo.

Apesar de ter sido muito melhor na etapa complementar, o Fluminense apenas ameaçou o Botafogo, mas sem assustar de verdade. Com a entrada de Ayrton pelo lado esquerdo, a equipe de Abel Braga passou a atacar ainda mais, enquanto que, pelo lado do Alvinegro, a atuação era preocupante, já que a equipe não conseguia trocar uma série de passes no campo ofensivo. 

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