Nesta sexta-feira (06), no Estádio Serra Dourada, às 21h30, o Goiás recebe o Náutico em confronto válido pela 28ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. O duelo promete ser bastante disputado graças à situação dos dois clubes na tabela. Ambos lutam contra o rebaixamento.

Com 31 pontos somados, o Esmeraldino ocupa a 16ª colocação e vive um momento conturbado dentro da competição. Com um dos maiores orçamentos da Série B, todos esperavam mais da equipe, mas contratações equivocadas e más atuações fizeram com que Hélio dos Anjos e seus comandados ficassem na porta do Z-4.

Já pelo lado pernambucano, a situação é ainda pior. O Timbu é o segundo clube com mais derrotas no campeonato, tem 16 resultados negativos. Na zona de rebaixamento desde o início, o técnico Roberto Fernandes chegou e ajudou a equipe na arrancada em busca da fuga da zona de degola. Com apenas 23 pontos somados, o alvirrubro de Recife é o 19º colocado e precisa vencer praticamente todas as partidas restantes para não disputar a Série C em 2018.

Goiás com novidades na formação para confronto direto

O recém chegado Hélio dos Anjos deve utilizar uma nova formação no confronto contra o Náutico. Na última partida, contra o ABC, em Natal, o clube goiano entrou em campo com um 3-5-2. O esquema deu certo e a equipe saiu vitoriosa do Nordeste. Mas para a próxima rodada, o técnico sacou Everton Sena da zaga e testou um 4-3-3. Outro que perdeu a vaga no time titular foi o atacante Tiago Luís.

"Eu imaginava uma evolução ofensiva maior dos alas com os três defensores, mas não houve. Comecei a ter problemas na saída de bola. Sem a participação dos alas, você tem problema nessa formação com três zagueiros. Com três zagueiros, os alas são condutores, são jogadores de ligação. Mas é normal, cada jogador tem sua característica. Já conquistamos muitas coisas com três defensores e três volantes, com times muito ofensivos. Os três defensores deram boa estabilidade. Agora vejo condição de mudar", afirmou o treinador Hélio dos Anjos.

Mesmo com a mudança de esquema tático, um atleta que não deverá perder o posto de titular é o zagueiro Alex Alves, que completará 100 jogos com a camisa Esmeraldina. Ao lado de Fábio Sanches, o atleta tem a missão de parar o ataque Timbu nesse jogo tão expressivo.

"Fico feliz com essa marca de 100 jogos. É uma marca expressiva. Hoje em dia é difícil para jogadores de linha conseguirem números grandes em um mesmo clube. Queria completar os 100 jogos com o time em outra situação, mas este é o momento em que estamos. Quero comemorar essa marca com uma vitória", observou Alex Alves.

Lesões atrapalham e Timbu tem mudanças para a partida

O Náutico tem nesse momento um departamento médico lotado. Rafael Oliveira e Vinícius não atuam mais na temporada, além de Léo Carioca, Iago, Breno Calixto e Ávila, que estão vetados para o jogo contra o Goiás. Essas lesões vêm atrapalhando o técnico Roberto Fernandes, que ainda não conseguiu repetir uma escalação. 

"Quem entra, mesmo que seja substituto imediato, tem sua característica. E, às vezes, não é a mesma coisa em termos de ideia. Quero manter a mesma configuração, mas não sei se vamos conseguir. Coleção de problemas chama-se Náutico. O que a gente vem tentando é dar uma sequência. E a gente tem mantido essa coerência. No jogo contra o Ceará, a gente usou a mesma equipe que venceu o Figueirense, à exceção de quem não podia. Para este jogo, a gente tem uma coleção de problemas", lamentou Roberto Fernandes.

Por outro lado o escrete de Conselheiro Rosa e Silva vai contar com a volta do centroavante William. O atleta foi contratado como a esperança de gols pelos alvirrubros, mas as lesões e a falta de ritmo de jogo não ajudaram. Há três jogos sem atuar, o atacante provavelmente será o titular no comando de ataque.

"A responsabilidade do centroavante sempre vai existir. O camisa nove, por mais que esteja ajudando, vindo, batalhando, brigando com os zagueiros, quando passa cinco ou seis jogos sem marcar, vai ser cobrado. É o nove, aquele que vai empurrar a bola para dentro. Eu tenho isso comigo, sei que é muito grande a responsabilidade. A gente precisa ter a tranquilidade para quando ela chegar no nosso pé. Quando fala que o ataque não está fazendo gols, é porque o time do Náutico não está fazendo gols. Quando se toma gol, também é o todo, e não os zagueiros. Não é a parte defensiva em si, é porque lá na frente alguém não pegou e acabou estourando lá atrás. Lógico que o centroavante esta ali para a última bola e é o que mais vai ser cobrado", disse William, falando também sobre a falta de sequência devido às lesões.

"É um pouco difícil quando você pensa que vai pegar uma sequência e machuca. A sequência, no futebol, é muito importante. Sempre quando estava indo para a minha segunda partida, estava acontecendo alguma coisinha. É aquela história, o atleta nunca gosta de fazer uma pré-temporada, é o período em que a gente mais reclama, mas é o período mais importante. Quando você perde uma pré-temporada, perde praticamente o ano todo. Estou sofrendo um pouco por causa disso", completou.

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Sobre o autor
Júlio César  Martins
Jornalismo, 20 anos. Escritor na VAVEL Brasil