O Grêmio é pentacampeão da Copa do Brasil 2016. Após 15 anos de um longo jejum, o Tricolor passou pelo Atlético-MG nas finais e ficou com o caneco pela quinta vez, tornando-se o maior vencedor do torneio.

Em um ano de altos e baixos no qual a direção gremista, a alma e a seriedade de um vencedor fez com que o time ressurgisse, logo nas oitavas de finais da competição, diante do Atlético-PR. Estamos falando da contratação de Renato Portaluppi, maior ídolo do clube, atuando na casamata.

Antes da vinda de Renato, outro ídolo gremista já fazia ótimo trabalho a frente do comando técnico: Roger Machado. Com ele desde 2015, a equipe jogava um futebol moderno de muita qualidade. Posse de bola e intensidades que fizeram do Grêmio um dos times que mais joga bonito no Brasil.

Essa vitória contra o próprio Atlético-MG, no Campeonato Brasileiro de 2015, é o que melhor representa a passagem de Roger no Grêmio. Um período de muito bom futebol, mas de nenhuma conquista.

No entanto, com Roger, os resultados não vieram. Embora a equipe tivesse um coeltivo muito forte, o individual parecia pesar na hora da decisão. Faltava confiança. Além claro, do lado negativo do trabalho do treinador: o setor defensivo. Esse que fora arrumado com perfeição por Renato.

Com as eliminações no Campeonato Gaúcho, Primeira Liga, Copa do Brasil (2015) e Libertadores, o elenco estava com a 'auto-estima baixa'. Sendo assim, o time entrou numa decadência no Campeonato Brasileiro na qual fez com que Roger não segurasse o cargo. Com as derrotas para Coritiba e Ponte Preta, respectivamente por 4-0 e 3-0, o mesmo se demitiu, visto que, na visão dele, não conseguia tirar mais positividade do grupo.

Visto isso, Romildo Bolzan deu sua última cartada, faltando quatro meses para o final da temporada: Renato Portaluppi - talvez o único treinador capaz de tirar o 'algo a mais' do elenco que faltou a Roger. Renato conseguiu.

Renato Portaluppi chegou junto de Valdir Espinosa (Foto: Divulgação/Grêmio)
Renato Portaluppi chegou junto de Valdir Espinosa (Foto: Divulgação/Grêmio)

Na apresentação, Renato afirmou que veio para buscar resultados e não o futebol perfeito. Perguntado sobre o conceito tático deixado por Roger, ele afirmou que iria aprimorá-los e resolver os problemas do setor defensivo.

A primeira missão de Portaluppi no comando foi com três dias de trabalho. Dianta do Atlético-PR, pelas oitavas de finais da Copa do Brasil, o Tricolor precisava se classificar de qualquer jeito dentro da Arena. E foi da forma mais emocionante possível. Nas penalidades, graças a Marcelo Grohe.

Já nas quartas de finais, diante do Palmeiras, o verdadeiro time de Renato: aguerrido na marcação e objetivo para balançar a rede. O elenco parecia ter se renovado e achado a motivação para vencer o torneio. Com uma partida quase perfeita, o Tricolor venceu por 2 a 1 na Arena e demontrsou que, ainda há muito de Roger Machado no time, como a posse de bola e a intensidade demonstradas na partida.

No jogo da volta, Portaluppi deixou bem claro sua proposta: marcação e objetividade. Everton foi o autor do gol que classificou os gremistas, após a equipe ter a bola no pé por mais de um minuto.

A emoção do goleiro Léo, classificado à semifinal (Foto: Divulgação/Grêmio)
A emoção do goleiro Léo, classificado à semifinal (Foto: Divulgação/Grêmio)

Diante do Cruzeiro, na semifinal, uma atuação com a cara de Roger: o Tricolor teve extremo domínio da posse de bola do jogo. Tanto que, no primeiro tento, a equipe de Renato ficara com a bola por mais de um minuto e vinte. Já no gol de Douglas, o dedo de Portaluppi: roubada de bola e ligação rápida para que Douglas pudesse matar a classificação gremista à final.

Nas finais, o Grêmio demonstrou ser mais time que o Galo. Não individualmente, mas sim coletivamente. O Tricolor dominou os dois confrontos e Renato demonstrou mais uma vez, seu potencial de vencedor e de seriedade. Ele, por sua vez, faz questão de dividir o mérito da conquista com os jogadores e com o próprio Roger, que deu essência a esse time, agora, pentacampeão da Copa do Brasil.