O Grêmio é pentacampeão da Copa do Brasil 2016. Após 15 anos de um longo jejum, o Tricolor passou pelo Atlético-MG nas finais e ficou com o caneco pela quinta vez, tornando-se o maior vencedor do torneio.

Com uma equipe destacada pela forte coletividade, o elenco gremista não é recheado de estrelas. Mas, desde os tempos de Roger Machado na casamata da Arena, alguns atletas se destacaram com mais atividade na temporada. Luan, claro, é a estrela do time. Campeão olimpíco, o camisa 7 já teve seu auge no ano. Douglas, 'o último 10', está no ápice da sua carreira. É um dos jogadores mais importantes no esquema de Renato Portaluppi.

Estamos falando de um elenco recheado de dúvidas e questionamentos. A desconfiança da torcida, desde o início da temporada, era notória. Mas, com a chegada de Portaluppi e a volta da boa fase de atletas dos quais não estavam rendendo seu máximo, alguns destaques ofuscados com a má fase do time de Roger reapreceram. O que é o caso do capitão Maicon e principalmente, de Pedro Rocha.

Contestado, Pedro Rocha é o artilheiro do Grêmio na Copa do Brasil, com três gols.

Filho de seu Jessé, no qual anota todos os gols de Pedro, desde sua época na base. No primeiro jogo da final, no Mineirão, ele teve que rabiscar mais algumas linhas com sua caneta azul, do Grêmio, a fim de arquivar os dois históricos gols do atacante gremista, vencendo Victor e marcando dois belos tentos. Ele também será lembrado por sua expulsão e seu choro, ainda no corredor, rumo aos vestiários.

Pedro Rocha já está marcado na história do Grêmio. Assim como Dinho, que balançou as redes do Atanasio Giradort. Não menos importante que Marcelinho Paraiba, balançando as redes do Pacaembu, em 2001. Com Portaluppi o treinando, por que não compará-lo com os gols importantes do ídolo tricolor? Pedro está na história.

Sua atuação contra o Galo, destacada acima, talvez esteja entre as melhores de um jogador do Grêmio em uma final de Copa do Brasil - se não a melhor! Foram dois tentos em jogadas bem construídas dos quais deixaram o Tricolor com a mão direita na taça.

No primeiro, o capitão Maicon - que também ressurgiu com Renato - deixou o camisa 11 em condições para marcar. Ele ainda deixou o zagueiro Gabriel no chão e em seguida, deixou Victor se lamentando por ter deixado o uniforme Tricolor em 2009. Já no segundo, uma jogada vertical de puro talento que resultou num chute colocado, na bochecha da rede do Mineirão. Sacramentando o dois a zero e a perfeita atuação coletiva gremista.

Expulso, Pedro Rocha não esteve em campo na Arena. Da arquibancada, viu o Grêmio se sagrar pentacampeão da Copa do Brasil, com grande cooperação do garoto, que já havia marcado diante do Palmeiras, nas quartas de finais.

Pedro Rocha consolado por Renato, após ser expulso (Foto: Getty Images)
Pedro Rocha consolado por Renato, após ser expulso (Foto: Getty Images)

Com a sombra de Everton desde 2015, Pedro Rocha demonstrou paciência e confiança para reecontrar o bom futebol durante a temporada. Diversas vezes, o atacante foi rotulado como perdedor de gols ou improdutivo na equipe. Até a final, Pedro ainda sofria com as contestações da torcida sobre seu merecimento na equipe titular. Porém, na final prevaleceu a confiança em sei mesmo e a de Renato, que foi premiado com dois gols.

Seu Jessé, agora, poderá começar a marcar, não só os gols do filho nos jogos, mas sim seus títulos. É o primeiro de Pedro Rocha em sua curta carreira de 86 jogos como profissional e 21 gols, pelo Grêmio.