O técnico do Grêmio, Renato Portaluppi, concedeu entrevista coletiva após o treino do Tricolor gaúcho nesta quarta-feira (30). O foco não foram os trabalhos gremistas em preparação para final da Copa do Brasil, mas sim o momento de luto do país pela tragédia com o avião que transportava imprensa e delegação da Chapecoense rumo a Medellín. Utilizando uma camisa do clube catarinense, Renato se emocionou durante a entrevista e se disponibilizou para ajudar no que for possível.

"Trabalhei com alguns desses jogadores que estavam no voo. Por isso eu falo que sempre serão lembrados como heróis. Nunca tive problemas com esses jogadores. O que eu posso falar para as famílias é que eu tive o maior orgulho de trabalhar com eles. Um mês atrás, nós jogamos com eles aqui na Arena, eu falei com alguns deles, com o Caio Júnior... A tristeza é muito grande", comentou o técnico gremista.

"É muito difícil falar em um momento desses. Peço desculpas por não atender ontem, mas não tinha condições e ainda sigo abatido. Tive o prazer de jogar com Caio Júnior, com o Mário Sérgio, de treinar o Ananias no Bahia, além do Dener e o Biteco", relembrou Renato.

O treinador se colocou à disposição para o possível em homenagens e reestruturação da Associação Chapecoense de Futebol. Sugeriu, dentre as ideias, um jogo beneficente que pode ser realizado. Com o luto presente em sua expressão, sua camisa e sua fala, Renato Gaúcho afirmou: "Todo mundo é Chapecoense. Todo mundo veste verde."

Sobre o momento do seu grupo com o Grêmio, Renato comentou dos jogadores também estarem abatidos pelo ocorrido e que fará mudanças na preparação para final, tratando-se do psicológico voltado ao jogo. Antes do treino realizado nesta quarta, o grupo gremista se reuniu no centro do campo de treinamento e respeitou um minuto de silêncio, com aplausos ao fim, em memória das vítimas. Clubes do mundo todo realizaram ações parecidas.

Divulgação / Grêmio FBPA