O Grêmio busca agora virar a página da semana mais difícil ao futebol brasileiro. Após muitas homenagens e entrevistas emocionadas de quem de perto conhecia vítimas da tragédia com o avião da Chapecoense, o Tricolor retoma os treinos para a decisão de quarta-feira (7), diante do Atlético-MG, na final da Copa do Brasil. Os primeiros treinos haviam sido com foco no desempenho físico e trabalhos com a academia. O técnico Renato Portaluppi, um dos que mais se mostrou abalado com ocorrido, também preocupa-se com a parte psicológica dos atletas e faz o possível para motivá-los.

Em campo no CT Luiz Carvalho, o Grêmio voltou a trabalhar com bola neste final de semana. Renato dividiu os jogadores entre três equipes e comandou o treinamento técnico e tático em campo reduzido. O foco foram situações de jogo, que o Tricolor espera repetir com boas movimentações, ofensivas e defensivas, a exemplo do duelo de ida em Belo Horizonte. O treinador não descartou as cobranças de pênalti, ensaiadas ao fim da atividade. O Grêmio carrega a vantagem de dois gols de diferença a seu favor e pode perder por até um gol de diferença para sair campeão.

O treinamento da segunda-feira será com portões fechados. Renato Gaúcho deve propor os últimos ajustes na equipe que enfrenta o Galo na quarta. O técnico tem seu time titular à disposição, com exceção a Pedro Rocha, expulso no jogo do Mineirão. A alternativa mais próxima para compor os 11 iniciais é Everton, autor do terceiro gol na ida. Pedido antigo de torcedores gremistas, a formação do Grêmio deve contar com: Marcelo Grohe; Edilson, Kannemann, Pedro Geromel e Marcelo Oliveira; Walace, Maicon, Ramiro, Douglas e Everton; Luan.

Para as arquibancadas, torcedores iniciaram campanha virtual contra a leva de caixões em provocação ao Inter na Arena. Segundo os mais engajados na campanha, não é o momento para tal tipo de provocação e o respeito e a solidariedade devem estar em primeiro plano. Fora do estádio, expectativa fica por conta do recebimento dos gremistas aos torcedores do Galo. Em Belo Horizonte, as torcidas confirmaram teses de possuírem amizade e não houve problemas relatados em confrontos. Mais do que isso, muitos gremistas e atleticanos, não só de torcidas organizadas, mas torcedores comuns, caminharam juntos rumo ao estádio em BH.

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Sobre o autor
Henrique König
Escritor, interessado em Jornalismo e nas mudanças sociais que dele partem; poeta de gaveta.