Valdir Espinosa não faz mais parte da comissão técnica do Grêmio. Em entrevista, ele disse que desavenças motivaram seu desligamento e ainda que espera que a verdade seja dita por parte da direção gremista. “Fui mandado embora. Houve uma série de coisas e espero que seja dita a verdade”, afirmou.

Espinosa, que foi campeão mundial como técnico com o Grêmio em 1983, diz não ter ficado magoado com o clube e sim com a direção. “Com o Grêmio nenhuma. Tirando o presidente Romildo Bolzan, com a direção a decepção é total”, desabafou.

Ele reclamou que estava se sentindo de lado no clube e que nunca era chamado para nada. Ele contou que não participava das reuniões que eram feitas de “portas fechadas”, e que não era comunicado quando não participaria das viagens com a equipe principal. O agora ex-coordenador técnico ainda cobrou respeito.

Na viagem para Goiás quase fui para o aeroporto. Eu estava fora da lista e nem sabia. Na viagem para o Rio procurei saber para não passar vergonha” disse. “Entendi isso como desrespeito. Não sou melhor que ninguém, mas o mínimo é o respeito”, desabafou.

Valdir Espinosa cogitou a possibilidade de sua demissão ter sido motivada por ciúmes, por ele ser campeão da Libertadores e do Mundial. E disse ainda que não entende se foi “trairagem ou burrice”. “Mandar alguém da minha experiência e rodagem embora é uma coisa ou outra”, afirmou.

Ele havia sido contratado pelo Tricolor em setembro do ano passado e teve seu contrato renovado no fim do mesmo ano, após o Grêmio ter sido campeão da Copa do Brasil. Emocionado, disse que suas lágrimas de tristeza serão, futuramente, lágrimas de alegria.

"Se minhas lágrimas hoje são de tristeza, amanhã serão de alegria, porque o Grêmio será tri da Libertadores e bi-campeão do mundo.”