Jael Ferreira Vieira, 29 anos. Atacante com currículo de vários clubes no futebol brasileiro. Atua profissionalmente desde 2007. Chegou ao Grêmio 10 anos depois em indicação do técnico Renato Portaluppi. Na temporada, pouco espaço, algumas entradas, uma assistência e nenhum gol marcado. Mas a torcida do Grêmio persegue o jogador?

Jael passou por Atlético Mineiro, Goiás, Bahia, Portuguesa, Flamengo, com ênfase no apelido de Jael, o Cruel, São Caetano e Joinville. Passou pelo futebol asiático. O trabalho dele no Bahia foi para o conhecimento do técnico Renato, que achou uma brecha nas contratações para colocá-lo no Grêmio em 2017. Contestado desde sua chegada, quando o Tricolor não apresentava grandes reforços no início do ano, o jogador não conseguiu desbravar seu espaço.

Dentro de campo, a conhecida figura de centroavante. Joga enfiado entre os zagueiros. Jael tem 1,86m e a força física que o deixa na média em 86 kg. Mesmo assim, as disputas contra adversários diretos da Série A tem deixado o atacante em seca. Não tem gols marcados com a camisa do Grêmio. Até o presente texto da véspera das finais da Libertadores, são 15 jogos e somente uma assistência a comemorar. Foi o passe para Ramiro fazer o gol da vitória diante do Coritiba, no Campeonato Brasileiro.

Jael teria como característica principal o jogo aéreo, a bola que busque sua altura em referência, o faro para marcar gols de dentro da área, mas ainda não apresentou com a camisa gremista. Ele é um jogador de pouca mobilidade e tem dificuldades em acompanhar ao rápido ritmo de toque de bola do time. Como seu contrato ao ser assinado foi de apenas um ano, é possível que deixe o clube ao final de 2017. Sem deixar saudades ao torcedor.

Os gremistas se acostumaram a ver grandes referências no seu ataque. Na atual temporada, há o argentino naturalizado paraguaio Lucas Barrios, dono da titularidade quando está em condições físicas. Mesmo escanteado, Jael apareceu no jogo de volta da semifinal da Libertadores, ingressou no segundo tempo na vaga de Cícero e conseguiu uma cabeçada na bola para acertar a trave, na sua melhor chance. De resto, são partidas no Brasileirão em que não deixa sua marca.

No fim das contas, o torcedor já vaiou ao atleta e a Renato pela escolha dele, mas até tem mostrado solidariedade e reconhecido sua entrega, sua persistência, entre faltas sofridas e cometidas. Nos últimos jogos da temporada, as últimas chances de Jael demonstrar a que veio ao Tricolor, ou vai acabar em um clube de menor expressão na sequência de sua carreira. Dificilmente terá novo espaço na primeira divisão do futebol brasileiro.