Trinta e quatro anos depois da histórica final entre Grêmio e Independiente pela Libertadores da América, cujo o título ficou na Argentina, as equipes se reencontram novamente em uma final. Em 1996 o Tricolor deu o troco e venceu o Rojo na final da Recopa Sul-Americana, no Japão. O primeiro duelo da final será nesta noite (14), ás 22h no estádio Libertadores da América, na Argentina.

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Outra curiosidade no confronto é o rótulo que as equipes abraçaram de ser "Rei de Copas". Com sete Libertadores (última justamente conquistada contra o Grêmio em 1984), duas Sul-Americanas (última em 2017), dois Mundiais e uma Recopa, o Independiente ostenta títulos Sul-Americanos. O Imortal Tricolor soma três Libertadores (última em 2017), um Mundial e uma Recopa (1996), a equipe brasileira ostenta com muito orgulho ainda as cinco Copa do Brasil, última conquistada em 2016.

A primeira partida será realizada com mando de campo dos argentinos, enquanto o jogo da volta será na próxima quarta-feira em Porto Alegre, na Arena do Grêmio. A final terá os mesmos critérios da final da Libertadores onde gol fora de casa não terá peso algum, ou seja, se as duas finais terminar empatadas, a decisão será nos pênalti.

Independiente busca retornar os anos de glórias na América

Multicampeão que viveu seu auge nos anos 60 e 70, o Rojo ostenta com muito orgulho o status de Rei de Copas. Porém, essa fama toda não assusta mais tanto seus adversários, já que o último título na Libertadores foi em 1984. Depois disso a equipe conquistou somente dois títulos continentais, em 2010 e 2017 pela Copa Sul-Americana.

A equipe argentina tenta nesta noite relembrar os momentos de glórias do passado um pouco distante para retornar ao reinado da América e tenta ao mesmo tempo manter o bom retrospecto contra os brasileiros em finais, já que desde 2010 a equipe disputou três finais contra brasileiros e ganhou duas (contra Goiás na SA em 2010 e Flamengo também pela SA em 2017) e perdeu apenas a final da Recopa em 2011 justamente para uma equipe gaúcha, o Internacional.

Para a grande final o técnico Ariel Holán tem a dúvida no meio de campo, onde Leandro Fernández e Jonathan Menéndez brigam por uma vaga. O equatoriano recém-contratado Fernando Gaibor deve fazer sua estreia, enquanto Benítez volta ao time após se recuperar de uma distensão muscular.

Quem acompanhou o Rojo na Sul-Americana em 2017 vai perceber a falta de dois destaques da equipe: o lateral-esquerdo Tagliafico e o jovem meia promissor Barco que teve grande atuação contra o Flamengo. As esperanças castelhanas recaem sobre Gigliotti que despertou o interesse de várias equipes brasileiras, inclusive do Grêmio.

Imortal Tricolor tenta começar a temporada com mais um título importante

O Grêmio vem em constante ascensão tanto no cenário nacional como internacional desde 2016 quando conquistou a Copa do Brasil e teve uma temporada espetacular em 2017 quando dominou a América e disputou a final do Mundial de Clubes contra o Real Madrid em dezembro.

A equipe de Renato Gaúcho terá um adversário a mais a ser superado na decisão: A falta de ritmo, já que essa partida será apenas a terceira da equipe considerada titular nesta temporada. Apesar disso, a comissão técnica tem confiança no trabalho realizado na pré-temporada e acredita que a equipe esteja apta fisicamente para suportar os dois jogos de final da Recopa.

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Sem contar com dois jogadores muito importantes no título da Libertadores em 2017, Arthur (lesão) e Ramiro (Suspenso), Renato Portaluppi deverá colocar Jaílson e Michel na equipe titular. Mádson que acabou sentindo dores muscular na coxa virou desfalque de última hora e Léo Moura assumirá a lateral.

Da equipe que entrou em campo na final da Libertadores contra o Lanús na Argentina, apenas três jogadores não estarão em campo nesta noite, além dos dois jogadores já citados anteriormente, o lateral Edílson negociado com o Cruzeiro, foi o único titular a sair do Grêmio. É mantendo a base que o Tricolor aposta na conquista da Recopa e manter o seu domínio na América.