Mais um caso de racismo no futebol brasileiro está sendo investigado. Desta vez, a Série B do Campeonato Brasileiro 2017 é o palco do acontecimento. Após a partida entre Ceará e Internacional, quando o clube gaúcho venceu por 2 a 0 na Arena Castelão, o atacante da equipe pernambucana, Élton delatou o ocorrido. Segundo o jogador, o zagueiro do Inter, Victor Cuesta o chamou de "macaco" durante a partida. O atacante por sua vez se diz muito chateado e que é lamentável falar sobre o episódio. Também comentou que, pelo Inter ser um time grande, não merecia ter o jogador em seu grupo.

"Lamentável. É lamentável estar falando desse episódio. A gente sabe que nos tempos de hoje é absurdo que pessoas possam cometer esse tipo de atitude. Alguns jogadores ouviram. Me contive ali, eu perdi a cabeça. São seres humanos. É inadmissível uma atitude dessas. Tomara que as câmeras tenham pego esse momento. Eu fico muito triste. O Inter é time grande. Não merece ter um jogador como esse tendo esse tipo de atitude", avaliou. 

Além disso, Élton diz que alguns jogadores do Colorado ouviram, que o Ceará vai tomar as providências que deve, e que espera que as camêras tenham captado a agressão verbal. "Vamos conversar com o pessoal do Ceará. Se as câmeras captaram. Tomara que sim. Alguns jogadores do time deles ouviram. A gente fica triste, chateado. Eu nunca tinha passado por isso. Alguns colegas já passaram. A gente fica chateado. Vamos conversar para ver as atitudes", finalizou.

O zagueiro ainda não veio a público para dar sua declaração de defesa. Porém, o vice-presidente de futebol do Inter, Roberto Melo conversou coma a imprensa sobre o caso. Segundo Melo, o argentino afirma não ter usado este termo, que qualquer ação do tipo precisa ser condenada, e precisa acreditar na versão do defensor. "O Cuesta nos disse que não usou esses termos. Foi uma discussão de jogo. Ele (Victor Cuesta) também foi ofendido. Ele é experiente. Temos que condenar qualquer tipo de preconceito, mas o Cuesta garante que não usou esse termo. Eu confio nele, tenho que acreditar no que o Cuesta nos passou. Ele tem uma carreira longa e nunca teve qualquer tipo de problema", afirmou Roberto Melo.

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Sobre o autor
Juan Link
Estudante de Comunicação Social - Jornalismo, 20 anos. "Jogo em todas as áreas se preciso, mas sou um apaixonado por futebol".