Um placar injusto na Série B? O Náutico passou a maior parte do jogo se defendendo, com boa atuação do goleiro Jefferson, o Brasil de Pelotas teve gol de Lincom mal anulado e não conseguia abrir o marcador. Somente no segundo tempo, o recém ingresso Vinicius aproveitou rebote de Pitol e colocou nas redes: 1 a 0 no placar final. O Capibaribe respira aliviado com mais um resultado positivo na tabela, enquanto o Xavante segue oscilando na competição e está no meio da classificação.

Com a vitória de placar mínimo pela 23ª rodada da Série B, o vice-lanterna Náutico avança para 20 pontos, ainda na vice-lanterna do torneio. Já o Brasil de Pelotas é 12º colocado, podendo perder posições ao somar seus 30 pontos no torneio. Na próxima rodada, o Náutico visita o Oeste em Barueri, enquanto o Brasil de Pelotas joga em casa diante do CRB de Alagoas, ambos os jogos no sábado (16), às 16h30.

Brasil melhor na partida e gol mal anulado

O jogo ficou bastante congestionado no início. Muitas faltas marcadas e lances mais ríspidos que geraram reclamação de ambos os lados. O primeiro cartão amarelo pintou para o atacante Lincom, na marca dos 10 minutos. Antes disso, no máximo uma falta cobrada pelo Náutico em acerto na barreira xavante.

Com a bola rolando, Pitol fez a primeira defesa, mas depois só o Brasil arriscava. Juninho conduziu da ponta para o meio e chutou rasteiro para defesa firme de Jefferson. No minuto seguinte, aos 20, Juninho escapava em velocidade pela direita, cruzou rasteiro e Marcinho não conseguiu completar na pequena área. Ainda com o Xavante no ataque, Breno chutou para fora.

A primeira chance do Capiraribe veio em uma cobrança de falta. Somente a segunda cobrança valeu, sendo a primeira delas invalidada pela arbitragem. Quando Aislan chutou pela segunda vez, Marcelo Pitol espalmou com dificuldade um chute que havia quicado no gramado. De volta ao ataque xavante, Itaqui chutou de canhota, o goleiro Jefferson espalmou mal, para o meio da área, e Lincom completava às redes. O gol, porém, foi anulado de forma bisonha. O assistente assinalou um impedimento inexistente. Dois jogadores do Náutico davam condição, mas mesmo assim o placar seguiu 0 a 0 para a arbitragem.

Foi o último lance de perigo ao gol no primeiro tempo. O volante Amaral saiu machucado após disputar uma jogada contra Eder Sciola do Brasil. Na saída para o intervalo, bastante reclamação dos xavantes com a arbitragem do piauiense.

Náutico aproveita chance e sai vencedor

Na volta do intervalo, Giovanni deixou o campo e Yago Silva ingressou no Náutico. O Brasil, todavia, seguia melhor na parada. Logo aos 2 minutos, Juninho recebeu e disparou de pé direito, mas a bola passou cruzada pela linha de fundo. Em seguida, Breno tinha a posse em liberdade pela esquerda, mas demorou para ajeitar e foi bloqueado na hora H pelo jogador do Náutico.

Aos 15 minutos, escapada em velocidade do Brasil, falta cometida por Aislan e poderia ser até para cartão vermelho. O árbitro piauiense mais uma vez se atrapalhava e aplicava cartão para o lateral-esquerdo Ávila. Mas ele se corrigiu instantes depois e aplicou o amarelo mesmo para Aislan. Na cobrança da falta, Itaqui colocou por cima da meta.

Houve muitas alterações propostas pelos treinadores. Lincom saiu para entrar Callyson. Marcinho saiu para entrada de Misael. No Náutico, Gilmar saiu e entrou Vinicius, na terceira troca do time. Porém, ninguém colocava a bola na rede. Itaqui cobrou outra falta e Jefferson espalmou no canto. Em ataque do Capibaribe, cruzamento da esquerda, William Schuster subiu, cabeceou no alto, a bola desceu e foi ao lado da trave, raspando o poste para apenas a inspeção do atônito goleiro Pitol.

Mas em nova oportunidade, o Náutico aproveitou para tirar o zero do placar. Chute da entrada da grande área, Pitol espalmou e o oportunista Vinicius, recém ingresso no jogo, chutou rasteiro para o fundo das redes, dando os números finais do jogo na Arena Pernambuco. Vibração e mistura de alívio aos torcedores do Timbu, que não gostavam da atuação da equipe, mas saborearam os importantes três pontos da rodada.

VAVEL Logo
Sobre o autor
Henrique König
Escritor, interessado em Jornalismo e nas mudanças sociais que dele partem; poeta de gaveta.