No feriado de 15 de novembro, cerca de três mil e quinhentos palmeirenses invadiram o saguão do Aeroporto de Congonhas para encher o local com as mais positivas energias para o time, que enfrentaria o Atlético-MG, no dia seguinte, em Minas Gerais. 

Àquela altura do campeonato, depois de um ano intenso, que começou com cobrança pesada da parte dos torcedores em relação ao elenco, a explosão em verde antes do embarque da equipe foi o empurrão que faltava para que a corrida até o título se tornasse mais leve.

Se eles estavam juntos, estaria tudo bem, daria tudo certo. O time estava completo. Todos os jogadores, titulares e reservas, unidos aos três mil e quinhentos de Congonhas e aos milhares espalhados pelo país. A torcida estava carregando o time até o eneacampeonato, e a conquista é de todos. 

Nas primeiras rodadas do Brasileirão, depois da eliminação precoce na Libertadores e da derrota no Paulista, o Palmeiras chegou grande. O grito começou a se formar, tímido, na garganta da torcida. Houve quem disse que estavam se empolgando antes da hora. Engano deles. Torcedor que ama, acredita e persiste na crença até o fim. Não abandona o time em derrota nenhuma e o acompanha até ser certo que a taça será levantada. 

E a equipe viu isso. A equipe sentiu isso. Saber que podem contar com o apoio de quem respira desse ar, que respira desse sonho adormecido por 22 anos, enche o jogador de vontade de ganhar. Não é só por eles: é por milhares de corações que pulsam nas cores do time e acreditaram que aquele grupo seria capaz de proporcionar momentos de extrema alegria. E eles conseguem.

E conseguiram. O dia chegou. O título chegou. E mais do que isso, mais do que nunca, todos estão juntos. 

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