O fim do “primeiro turno” da fase de grupos da Libertadores no grupo do Palmeiras nos permite fazer uma pequena análise do desempenho do Verdão até aqui. Os números são ótimos, 77,8% de aproveitamento, com duas vitórias e um empate. Ao todo foram 5 gols feitos e 3 sofridos.

Na teoria de como classificar para o mata-mata, o Palmeiras segue bem o script. Duas vitórias em casa, fazendo o dever de casa, e um empate fora de casa, tirando pontos do adversário. Para muitos o número mágico para passar de fase são os 10 pontos. Levando como verdade isso, o Verdão precisa de apenas mais uma vitória em três jogos.

Saindo dos resultados, é preciso analisar o desempenho da equipe dentro de campo. O primeiro jogo foi o teste de fogo. Pressão da estreia, time argentino e estádio acuado. A situação ficou mais tensa quando aos 21 minutos do primeiro tempo Vitor Hugo levou o cartão vermelho. E piorou logo depois, quando o Tucumán marcou o primeiro.

Situação perfeita para mostrar um dos principais aspectos e qualidades deste time: a maturidade. Com um a menos e atrás do placar, Eduardo Baptista se preocupou com a defesa e colocou o zagueiro Antonio Carlos. E deu certo. Com a defesa estável, o Palmeiras soube aproveitar a chance que teve. Outro aspecto positivo: eficácia.

O segundo jogo tinha tudo para ser uma goleada. Casa cheia e adversário de menor expressão. Mas, a retranca do time boliviano parou o ataque palmeirense, deixando um clima de tensão no Allianz Parque. O time tinha tudo para se afogar no nervosismo, mas manteve a calma. Com as substituições de Eduardo Baptista, a equipe ganhou folego novo e foi recompensada. Gol no último minuto e vitória. Foi nessa partida que outra qualidade desta equipe foi evidenciada: a persistência.

E foi contra o Peñarol que o Palmeiras mostrou para o que veio. O resultado de 3 a 2 não condiz com o jogo. O Verdão foi superior em toda a partida, menos saindo atrás do placar, criando diversas chances. As trocas de passes rápidos, invertidas e infiltrações deram trabalho ao time uruguaio. O que se pôde levar de positivo desta partida foi o repertório palmeirense e a capacidade de recuperação.

A principal dificuldade do Palmeiras nesses três primeiros jogos foi a capacidade de decidir a partida. O time continua pecando muito na hora do último passe e na hora de finalizar ao gol. E acaba virando uma bola de neve, como foi contra o Jorge Wilstermann. Mas, o time está em constante evolução, só pegar como exemplo Guerra que vem melhorando a cada partida.

O Palmeiras agora enfrente o Peñarol no Uruguai, o Jorge Wilstermann na Bolívia e por último o Atlético Tucumán no Allianz Parque. Uma vitória pode deixar o time em uma situação muito confortável para a classificação.

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Sobre o autor
Henrique Toth Correa Ayres
Henrique Toth, 18 anos, de Jornalismo. Apaixonado por esportes. Viciado em futebol. Nacional, internacional, não importa, se tem uma bola rolando eu acompanho.