Neste domingo (13), o Palmeiras foi até Volta Redonda para enfrentar o Vasco. Em jogo pouco movimentado e com poucas chances de ambos os times, o Verdão abriu o placar com Guerra aos 32 minutos do segundo tempo, mas cedeu o empate para o time carioca 11 minutos depois de balançar as redes. 

Em coletiva concedida após a partida, o técnico Cuca comentou sobre o jogo e lamentou o gol de empate do rival: "O primeiro tempo do jogo não foi bom, o segundo foi melhor. Foram criadas chances dos dois lados. Numa jogada pela direita saímos na frente, com o Guerra, tivemos a chance de marcar o segundo depois, não conseguimos e fomos penalizados mais uma vez. No finalzinho, em um escanteio, foi um lance fatal, né? A bola acabou desviando e saiu o gol."

"O gol do Vasco premiou o time deles pela luta que teve no jogo. Sabemos que podíamos ter saído com a vitória, principalmente por ter o jogo na mão até os 43. Em um lance de bola parada, perdemos dois pontos. Na quarta-feira tivemos um jogo com aquela intensidade que vocês viram. Viajamos para cá sem muito tempo para descansar e fizemos uma partida razoavelmente boa. Poderíamos ter vencido." 

"Foi um jogo difícil, contra um adversário que tem jogado com bastante juventude, com força e velocidade. No segundo tempo encaixamos melhor o jogo e poderíamos sair com a vitória. Temos de melhorar nos próximos jogos, a dor da Libertadores vai diminuir e vamos melhorando," comentou o técnico.

Cuca também falou sobre Egídio, já que o treinador escolheu poupar um de seus jogadores mais cobrados pela torcida. Egídio errou o pênalti batido durante as disputas alternadas na última quarta-feira (9) pelas oitavas de final da Conmebol Bridgestone Libertadores, e acabou eliminando o Palmeiras da competição: "Achei que era momento de dar uma preservada nele. Hoje foi o jogo do Michel, que já vem trabalhando nessa posição, que há muito tempo ele não joga. Precisamos continuar trabalhando para que ele vá melhorando." 

 "Tem diversos fatores. O Egídio é uma excelente pessoa, gosto dele como jogador também. Senti que hoje era um jogo para preservá-lo. Hoje nossa torcida cobrou muito, é o típico jogo de um time grande após eliminação, teve cobrança, como vai ter semana que vem em casa. Quem trabalha no futebol tem que estar acostumado. O Egídio é funcionário do Palmeiras. Hoje ele ficou fora, e hoje é o que importa. Amanhã é outro dia." 

Comandante do time alviverde também teve de se posicionar e lamentou a eliminação sofrida pelo time na última quarta-feira: "Por mais que você tente superar, ainda dói a eliminação. Poderíamos ter passado, foi uma fatalidade sair nos pênaltis. Se passa, é tudo maravilha. Se sai, é cobrança e pressão. Nós, que trabalhamos no futebol, temos de saber lidar com isso. Só com trabalho e os resultados vindo que você muda isso."

"Quando você se doa máximo, está no limite, é isso que a gente quer e cobra deles. Tem dia que as coisas não dão certo e você perde um pênalti e é eliminado. Aí você tem que aguentar. É o que estamos fazendo. Temos de levantar, trabalhar e classificar para a Libertadores, que é o que nos resta."

O treinador falou a respeito de seus titulares durante a partida e também de substituições não feitas, como a de Hyoran, jogador pouco aproveitado. "O Bruno Henrique tem qualidade, é um volante que chega à frente. Jogador com dupla função fora de casa, que a equipe está com desgaste físico natural de quarta, foi a opção. Foram feitas outras opções jogando o time para o ataque. Colocou o Keno na proposta. É vago achar que depois que acabou que poderia ser diferente. Concordo, mas se tiver uma bola de cristal para saber o que vai acontecer. Eu treino, sou obrigado a saber o que vou ter de cada um. O Veiga tem minha confiança, falta mais oportunidades para o Hyoran? Falta. Mas vem ao natural. Foi uma fatalidade tomar o gol. E somos avaliados pelo resultado. Sabemos que é assim", analisou.

A última vez que o Palmeiras teve uma semana livre para treinos, o Campeonato Brasileiro ainda não tinha começado. Cuca comentou sobre a atual possibilidade de uma semana livre ocorrer, já que o time só tem o Brasileirão pra disputar em 2017 após as eliminações da Copa do Brasil e da Libertadores: "Isso significa ter um tempo para trabalhar e entender as situações que podem ser criadas. O futebol é muito estudado hoje em dia, todo mundo sabe como você jogo, como se posiciona. Se não tem tempo para treinar, é preciso continuar assim ou mudar durante os jogos, como foi contra o Botafogo e como eu iria fazer hoje."

"Com tempo para treinar, as coisas tendem a evoluir", finaliza o treinador do Palmeiras. O Verdão volta aos campos no dia 20, às 19h00 contra a Chapecoense no Allianz Parque, pelo Campeonato Brasileiro.

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Sobre o autor
Rafaella Bonassi
Estudante de Jornalismo e apaixonada pelo Palmeiras