O Palmeiras de 2017 saiu do céu e foi para o inferno, com um grande elenco era esperado títulos, mas foi encontrado apenas eliminações melancólicas e pouco futebol.

Apesar de ser vice-campeão Brasileiro, a temporada do Palmeiras em 2017 ficou muito aquém  do que se esperava. Elenco que foi campeão Brasileiro na temporada passada, não sofreu desmanche e se reforçou com jogadores badalados como Alejandro Guerra e Miguel Borja. Um dos melhores elencos do país, não conseguiu demonstrar um bom futebol e muito menos ser regular.

A Sombra de Cuca

O planejamento para temporada começou ainda em 2016, Cuca conquistou o Campeonato Brasileiro após 22 anos  e decidiu sair. Alberto Valentim esperava ser efetivado. Não foi,  pegou o boné e parou no Red Bull Brasil.

Eduardo Baptista foi o nome escolhido da diretoria para comandar a equipe, mas nunca foi o nome da torcida. Teve apoio, de fato, mas nunca teve aprovação da maioria dos torcedores. A bola rolou,  com uma campanha burocrática no Campeonato Paulista, e  na Libertadores, com  vitórias homéricas, na raça,na vontade,  na sorte, menos no futebol.

Palmeiras achava os resultados, mas não encontrava o bom futebol, atuações fracas, enrustidas por vitórias épicas, com a torcida empurrando o clube. Eduardo Baptista estava pressionado, a cada passe errado dos jogadores,  a torcida clamava por Cuca e seu Cucabol. A gota d'água foi na derrota para o Jorge Wilstermann que culminou na demissão de Baptista.

A Taça Libertadores Obsessão

Como a própria torcida canta nas arquibancadas, a Libertadores foi a principal obsessão do Palmeiras na temporada. Contrataram jogadores de renome como Guerra, Felipe Melo, Michel Bastos e Miguel Borja. A explicação da diretoria para mais um "pacotão de reforços"  foi que eram jogadores "cascudos” e a eliminação da Libertadores ainda na primeira fase, no ano anterior , foi por causa da falta desse tipo de perfil no elenco.

No dia em que o Palmeiras foi eliminado da Libertadores, Eduardo Baptista não era mais o treinador. Cuca e Alberto Valentim estavam de volta e  dos jogadores citados, apenas Guerra entrou em campo faltando 15 minutos para o final do jogo.  Felipe Melo estava afastado. Michel Bastos e Borja ficaram no banco de reservas.

Quando a bola rolou, na segunda partida das oitavas contra o Barcelona, vimos um Palmeiras ao estilo Cucabol 2017, sem nenhum padrão de jogo, sem jogadas ensaiadas, marcação individual falha. No meio para frente, sem criatividade, muito toque de bola  e pouca agressividade. Resumido neste ano com o lateral sendo cobrado na área desesperadamente.

Saída de Cuca e recuperação no Brasileirão

Após o fracasso na Libertadores e derrotas melancólicas no Campeonato Brasileiro, a diretoria demitiu o dono da calça vinho e manteve o auxiliar Alberto Valentim até o final da temporada. O então melhor elenco do Brasil e com um dos melhores planejamentos foi para seu terceiro técnico no comando.

O começo de Valentim foi animador, sequência de vitórias time demonstrando um futebol melhor, fazendo partidas seguras. No segundo turno, o Palmeiras entrou na briga pelo título Brasileiro, seu rival Corinthians, líder estava em má fase e viu a diferença de pontos diminuir.

O Verdão dependia só dele para ser o 1º colocado, precisava vencer o Cruzeiro e o próprio Corinthians, em Itaquera. O problema foi esse, depender apenas de si em um ano em que o time não correspondeu na hora que precisou. Contra o Cruzeiro, talvez o melhor jogo do time no ano, com um gol mal anulado de Borja, os palestras empataram por 2 a 2. O Brasileiro seria decidido no Derby.

Contra o Corinthians, o Palmeiras teve mais uma atuação apática que resultou na vitória do adversário e com título Brasileiro. Após a derrota, a equipe sofreu entre altos e baixos mas conseguiu garantir vaga direta na Libertadores terminando o ano como vice-campeão Brasileiro.

O que esperar para 2018?

A diretoria do Palmeiras já começou o planejamento para 2018, o clube acertou a contratação do técnico Roger Machado para ser o comandante da equipe. Além do treinador o Palmeiras já anunciou alguns reforços como Lucas Lima e Diogo Barbosa.  Outros jogadores estão apalavrados com clube caso do goleiro Weverton e Emerson Santos.

Mesmo decepcionante, 2017 não foi um ano ruim,  a perspectiva para 2018 é que o Palmeiras continue sendo um dos principais times do Brasil, e que aprenda com erros da última temporada para não priorizar apenas uma competição, dar respaldo ao seu treinador, acertar contratações pontuais. O Verdão tem tudo para levantar mais de um caneco no próximo ano.