Paysandu e Brasil de Pelotas entraram em campo nesta sexta-feira (9), pela 24ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, em jogo no estádio do Mangueirão, em Belém do Pará. Os xavantes almejavam a liderança do torneio, enquanto o Papão queria interromper a série de três derrotas no certame.

O Brasil saiu na frente com Weldinho, o Paysandu empatou com Tiago Luís, em bonito gol, mas o placar estacionou no 1 a 1, apesar do bom ímpeto e boas chances das duas equipes. Foi o 11º empate do Papão no torneio.

Com a igualdade em Belém, os azuis ficam em 15º com 29 pontos, ameaçados pela zona de rebaixamento. Já os rubro-negros pelotenses têm 40 pontos, perdem a chance da liderança e aguardam o sábado na condição de G-4, em terceiro lugar.

Na próxima rodada, o Xavante enfrenta o Luverdense fora de casa, enquanto o Paysandu terá duelo contra o Bahia, ambos na próxima terça-feira (13).

Empate em primeiro tempo movimentado

O Paysandu começou em cima nos primeiros giros do cronômetro. Em inversão de Ilailson, chute forte de Mailson, mas a bola passou à direita da meta. Já em dois escanteios, o Papão voltou a rondar a grande chance, mas o Xavante saiu em contra-ataque. Exatamente neste lance, Weldinho conseguiu invadir a área pela direita, com pouco ângulo, chutou para o meio, a bola desviou na defesa e foi para dentro do gol: 1 a 0 ao líder parcial!

A torcida dos paraenses esteve impaciente desde os primeiros erros. Aos 13 minutos, o Paysandu trocava passes até o cruzamento da esquerda, Lucas chutou de primeira e Eduardo Martini foi espetacular para espalmar para escanteio.

Superando as vaias, o Paysandu buscou o empate. Tiago Luís teve categoria para finalizar no passe e colocou no ângulo da meta, sem chances para Martini: 1 a 1 em Belém. Em estádio agora infernizado a favor, a virada quase surgiu aos 17 minutos, mas o chute foi desviado para corner.

Aos 24 minutos, Tiago Luís pegou a bola pelo meio de campo, foi driblando, tabelou meio sem querer com seu companheiro e chutou de perna direita. Eduardo Martini catou firme no centro da meta. Em outra investida, Mailson puxou a tabela com Leandro Cearense. Na devolução, tentou invadir a área, caiu, pediu a falta, mas nada foi marcado.

Melhor no jogo, o Papão teve escanteio cobrado pelo articulado Tiago Luís e cabeçada do zagueiro Gilvan para acertar o travessão. No contra-golpe xavante, Ramon se empolgou e chutou direto por cima.

O jogo era movimentado, com ambas as equipes com chances. Washington, volante do Brasil, apareceu na área para fazer aos 41, mas o chute foi pela linha de fundo. Assim, a primeira etapa saiu com o empate e a sensação de ambos os clubes poderem buscar os três pontos na noite.

Jogo perde intensidade e igualdade é sacramentada

O Paysandu iniciou melhor a segunda metade. A velocidade seguiu como tônica contra uma defesa xavante em alguns apuros para conter. Tiago Luís capitaneava os ataques do Papão, mas pegou mal na bola na marca de 7 minutos, em chute pela linha de fundo. Seu companheiro, Maílson girou sobre a marcação de Washington, finalizou de canhota e mandou na rede por fora.

O Paysandu estava mais incisivo, enquanto o Brasil tinha muitas dificuldades em acionar seus jogadores de frente. Por conta disso, aos 18 minutos, Rogério Zimmermann sacou Elias e colocou Nathan, atleta veloz e de lado de campo.

Já o Paysandu mexeu com a saída do autor do gol, Tiago Luís, que sentiu lesão e deixou para entrada do atacante Robert. Aos 25, Nathan puxou ataque na correria, deixou dois marcadores para trás, mas chutou com dificuldade, mandando à esquerda. Ele pediu o escanteio, mas foi marcado tiro de meta. Com intuito de reforçar o meio, Zimmerman tirou Ramon e trouxe o jogador de combate Marcão.

Os técnicos fizeram suas últimas alterações e o jogo perdia o ritmo alucinante, caraterístico da etapa inicial. Paysandu pouco encontrava alternativas e Brasil parecia mais à vontade com o empate na distante Belém. Aos 40 minutos, porém, o torcedor fechou os olhos na chance xavante: Diogo Oliveira acionou passe preciso para Marcão e o jogador finalizou cruzado, com força, para fora! Foi a última chance de perigo.

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Sobre o autor
Henrique König
Escritor, interessado em Jornalismo e nas mudanças sociais que dele partem; poeta de gaveta.