Dois clubes tradicionais do futebol brasileiro convivem com a mesma situação incômoda na Série B. Nesta terça-feira (1º), pela 18ª rodada da Série B, o Santa Cruz recebe o Paysandu na Arena Pernambuco. Ambos chegam para esse confronto com duas partidas sem vitória. A proximidade para a zona de rebaixamento assusta e o triunfo diante do concorrente direto é fundamental.

Com 23 pontos, o Santa Cruz ocupa a 13ª colocação. O time caiu cinco posições em relação à última rodada. A Cobra Coral vem de um empate em 1 a 1 com o Boa e uma goleada sofrida para o Paraná por 4 a 0. A situação do Paysandu não é das mais animadoras. O time paraense chega com a bagagem de duas derrotas seguidas, para o Brasil e para o Ceará, em casa, ambas por 2 a 1. O Papão é o primeiro fora da zona, somando 20 pontos.

Em 14 partidas disputadas por estas equipes, o retrospecto é muito favorável ao Paysandu. A equipe bicolor tem oito vitórias. O Santa venceu o adversário desta terça apenas duas vezes. Além disso, aconteceram outros quatro empates. A última vitória dos pernambucanos, em 1999, por 2 a 1.

Santa terá desfalques para o confronto de logo mais

Givanildo Oliveira terá três desfalques certos para o confronto contra o Papão: João Paulo, Léo Lima e Jaime. O primeiro foi vetador por conta de uma fissura no quinto metatarso do pé direito. O meia Léo Lima foi liberado pelo clube após o falecimento de sua esposa, que lutava contra um câncer no estômago. O terceiro citado cumpre suspensão automática após receber cartão vermelho na última partida.

Anderson Salles deve entrar na vaga de Jaime. Com a ausência de Léo Lima, Thiago Primão deverá atuar mais recuado, dando espaço para João Ananias. Bruno Paulo, ausente no último jogo por conta de uma amigdalite, está de volta e ficará com a vaga de João Paulo.

O técnico do Santa pediu reação rápida da equipe após os resultados ruins: “Não acabou o mundo. Temos que reagir o mais rápido possível. Temos um jogo em casa (contra o Paysandu) e a obrigação aumenta ainda mais para apagar um pouco a derrota contra o Paraná.

Não pode ficar só lamentando. É normal lamentar, difícil voltar com uma derrota dessa. Estamos chateados, mas com a responsabilidade de mudar. Tem que ter o sentimento de tristeza, mas vida que segue. Temos que pensar já no que vamos fazer”, disse Givanildo.

Em meio a turbulências extra campo, Givanildo se posicionou a respeito dos salários atrasados: “Nunca vou fazer o jogador não falar de salários. Ele não pode dizer que está tudo em ordem. Às vezes tem gente que não gosta de escutar a verdade, mas em muitas situações no futebol também existe verdade. Os caras sentem. Quem não sente? O presidente está trabalhando. Ele se reuniu com o grupo e eu estou torcendo para que Deus ajude ele. E que ele consiga no dia marcado, que foi dia 4 de agosto, fazer esse pagamento.

Superar a cobrança e o mau momento para se afastar do Z-4

Marquinhos Santos comandou um trabalho tático para o elenco no Centro de Treinamento do Sport. Este foi o único treinamento para o duelo contra o Santa Cruz. O treinador também aproveitou para comandar um treino de ataque contra defesa, além de trabalhar o posicionamento do time em cobranças de bolas paradas ofensivas e defensivas.

A equipe tem duas baixas em relação a equipe que foi derrotada pelo Ceará por 2 a 1. Eles ficaram em Belém realizando trabalho no departamento médico: Marcão com dores na coxa esquerda, e Rodrigo Andrade com problemas no joelho.

Bergson, autor de 16 gols na temporada, falou sobre a situação complicada: “É um momento de superação. Essa cobrança em cima de mim tem que ter um lado positivo, a expectativa pelo que construí aqui. Cabe a mim voltar a ser aquele jogador, mas, lógico, com a ajuda dos companheiros, pois futebol é coletivo. Temos que evoluir, subir de patamar na competição, isso é o mais importante. A queda de rendimento nesse jogo foi nítida, não só minha, mas do conjunto inteiro.

O Paysandu não é baseado no Bérgson, no Emerson, no Recife, no fulano ou ciclano, mas em um conjunto. Não são só 11 jogadores, mas mais de 30 no elenco. A cobrança tem que ser feita, mas colocando na balança os prós e contra. Essa cobrança tem que ser dividida entre todos, para que possamos colocar o Paysandu onde merece”, disse o atacante.

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Sobre o autor
Junior Ribeiro
Cearense, 22 anos.