Para Dorival Júnior, a derrota por 2 a 0 para o Internacional e a eliminação na Copa do Brasil tem como motivo o início apático de partida do Santos. A opinião é justificada pelo gol do time colorado, que logo aos nove minutos abriu o placar em jogada de bola parada e cabeçada de Aylon.

"Tivemos alguns minutos iniciais que nos custaram caro, os minutos em que trouxemos a equipe do Inter desnecessariamente para cima, e abriram o placar na bola parada. Tiveram uma proposta de jogo e foram felizes, se fecharam e marcaram com intensidade. Estava difícil para criar, tentamos criar com triangulações, movimentações, mas não conseguimos com a mesma clareza de sempre. A partir daí, tivemos dificuldades, e com a ansiedade do empate, oferecemos o contra-ataque. Foi uma disputa limpa, entre equipes que buscaram o gol. Sofremos gol na bola parada, felicidade do Inter. Não vi uma equipe subestimando a outra. Fomos para cima e eles se defenderam bem. Há grandes profissionais do outro lado, que respeitamos, e o Santos tentou fazer o seu melhor. O Inter foi feliz e competente", analisou o treinador após a partida.

Para explicar a derrota para o Internacional, que assim como o Grêmio no empate pelo Brasileirão utilizou sua equipe reserva, o técnico salientou a qualidade do elenco dos times gaúchos e disse que em momento algum houve menosprezo por parte dos santistas.

"Entre nós não há essa conotação de time reserva ou não. Jogamos contra o Inter e Grêmio. São jogadores de alto nível que poderiam atuar em qualquer equipe aqui ou ali. Não quer dizer nada se não são titulares nesse momento. Tivemos equipe forte do Inter, Santos também, tentamos jogar, tentamos da maneira correta, mas gol no momento inicial nos custou muito caro", concluiu.

Dorival torce para que Vitor Bueno se recupere de lesão e retorne brevemente ao time, dizendo que o jogador é uma peça importante na equipe. Como Jean Mota, seu reserva imediato, não pôde atuar na competição por já ter participado em outra equipe (Fortaleza), o comandante escalou Paulinho no time titular, que não fez boa partida.

"Atrapalha (ausência de Vitor Bueno). É um grande jogador, de definição, 11 gols no Brasileiro não por acaso. Nosso grupo tem capacidade e qualidade para superar obstáculos, eventual falta de atleta. Vamos aguardar. Paulinho fez boa partida, não atuava há muito tempo. Jogou quase todos os minutos, se doou ao máximo, nos ajudou, não fomos felizes com o resultado, mas teve doação grande e isso já é início de recuperação. É um processo, e ganhamos uma boa opção", concluiu.

O atacante Ricardo Oliveira disse que o time buscou o resultado a todo momento, mas não foi eficiente para fazer gols e agora é momento de esfriar a cabeça. "Agora é momento de esfriar a cabeça, a gente procurou o jogo a todo momento, tentamos e não conseguimos ser eficientes na hora de finalizar, criar jogadas de perigo. Paciência. Méritos a equipe adversária que marcou dois gols", afirmou o capitão.

Lucas Lima também ressaltou a força de vontade do time praiano, mas que o esforço não foi suficiente. "Não temos como explicar. Pecamos no começo do jogo e pagamos por isso. Tomamos o gol de bola parada. Agora é levantar a cabeça", disse o camisa 10.

O Peixe volta a campo no próximo domingo contra a Chapecoense, às 19h30 (de Brasília), na Arena Condá. O Santos é o quarto colocado, com 55 pontos. Os três primeiros garantem vaga na fase de grupos da Libertadores, enquanto quarto, quinto e sexto vão para a Pré-Libertadores.