Em, sábado de carnaval, e com apenas 5.208 torcedores que resistiram à chuva, na Vila Belmiro, o dia que era para ser de folia, foi de tensão até os 17 minutos do segundo tempo, quando o meia Vitor Bueno marcou o gol e iniciou a vitória do Santos sobre o Botafogo-SP por 2 a 0 após três jogos sem vencer. O Peixe passava sufoco e chegou até a ser vaiado pelos torcedores, mas os mesmos puderam voltar para casa com três pontos somados no campeonato.

Com a vitória, o Peixe chega a dez pontos e passa a brigar pelas primeiras posições do grupo D do Paulistão, com Ponte Preta e Mirassol. Além disso, Dorival Júnior e companhia chegam mais aliviados na semana do clássico contra o Corinthians, o último jogo antes da estreia na Libertadores.

Novidades no ataque alvinegro

A principal aposta de Dorival Júnior estava no ataque, com o capitão Ricardo Oliveira, de volta após ter sido poupado por questões de preparação física o camisa 9 atuou ao lado de outra novidade, Bruno Henrique como titular. O reforço até ia bem nas trocas de passes e no contra ataque com velocidade pelo lado direito, mas não foi o suficiente para furar o bloqueio do Botafogo-SP, que marcava bem, mas também sair jogando, principalmente com Diego Pituca.

Logo no primeiro lance, Leandro Donizete rolou para Bruno Henrique, que parou em Neneca. Na cobrança de escanteio, Vitor Bueno tentou um gol olímpico e o goleiro do Botafogo-SP salvou mais uma.

Apesar do bom início, o Peixe diminiu o ritmo durante a partida e a equipe de Ribeirão Preto cresceu. Aos 15 minutos, Fernandinho mandou cruzou na área santista, Caio Ruan desviou de cabeça e a bola passou por cima do gol de Vladimir. Depois de algum tempo apagado o alvinegro ‘acordou’ na Vila Belmiro e assustou Neneca após cruzamento de Bruno Henrique.

Na sequência, Copete aproveitou desvio após escanteio, mas bateu por cima. Dois minutos depois, o volante Leandro Donizete fez longo lançamento para Ricardo Oliveira. Sozinho, o centroavante desviou de cabeça, mas errou o alvo por muito.

O meia Vitor Bueno, apagado como armador do time, arriscou de fora de área. A bola veio quente, mas Neneca segurou firme e impediu a abertura do marcador. Apesar de ainda ter criado algumas oportunidades, o Santos mais uma vez foi lento, pouco criativo e não saiu do zero no primeiro tempo.

Fim de jejum do Santos na segunda etapa

Até o primeiro tempo, o Pantera de Ribeirão Preto chegou a ter mais posse de bola e obrigar o Alvinegro a recuar em seu campo de defesa.  A pressão aumentava, e com ela vinha o nervosismo, fator que fez com que houvesse vários erros de passe no meio de campo. Na volta do intervalo, o técnico Dorival Júnior precisou substituir Yuri, que sentiu uma pancada nas costas e não tinha mais condições de jogo. Com isso, o zagueiro Cleber, expulso contra a Ferroviária no último sábado, entrou em campo.

A mudança não surtiu efeito algum e o Santos continuou fazendo uma partida morosa e sem objetividade. Então o comandante santista, tirou Leandro Donizete, que levou a culpa e acabou sendo substituído com vaias no segundo tempo. Em seu lugar, entrou Rafael Longuine, que deu conta do recado ao assumir a responsabilidade de melhorar a saída de bola.

O camisa 17 deu tranquilidade não só para a defesa, mas como para o ataque. Victor Ferraz e Bruno Henrique voltaram a se entender e fizeram o lado direito funcionar, mas foi pelo meio que a alegria finalmente retornou à Vila Belmiro.

Aos 17 minutos o Santos acordou e conseguiu abrir o placar na Vila Belmiro. Ricardo Oliveira arriscou de fora da área e o goleiro Neneca bateu roupa. No rebote, o meia Vitor Bueno apareceu sozinho e só teve o trabalho de empurrar para o fundo das redes, acabando com um jejum de mais de 300 minutos sem o Peixe marcar um gol.

O gol tirou um peso enorme dos santistas, que se soltaram mais no duelo e quase chegaram ao segundo.  Aos 22 minutos, Vitor Bueno cobrou escanteio e Cleber cabeceou com perigo, assustando Neneca. Em desvantagem no marcador, o Botafogo-SP se lançou para buscar o empate. O Santos, por sua vez, viu o rival se expor e aproveitou para ir com os contra-ataques. Antes truncado, o jogo ficou movimentado e cheio de alternativas na Vila.

No último lance do duelo, com boa troca de passes e espaços  entre meio e defesa do Botafogo-SP, Ricardo Oliveira decidiu arriscar, parou no goleiro Neneca, e que não parou Vitor Bueno, que no fim, Longuine aproveitou falha de Neneca para ampliar o placar e decretar a vitória.