Após a eliminação precoce da Seleção Brasileira para o Peru, o técnico Dunga concedeu entrevista coletiva no Gillette Stadium e falou sobre o polêmico gol dos peruanos, o desempenho brasileiro e sua continuidade no cargo a partir de agora.

É a primeira vez em 29 anos - e segunda na história - que o Brasil é eliminado na primeira fase da Copa América. Os pentacampeões mundiais não perdiam há 31 anos para os peruanos. "O Brasil dominou o primeiro tempo e no segundo o Peru igualou. No final tiveram coisas imponderáveis que independem dos jogadores e do treinador", comentou Dunga.

O lance que definiu a partida não gera dúvidas. Riudíaz, com a mão, garantiu a vitória e a classificação para os adversários. "Ninguém gosta de perder. Estamos passando um momento difícil, mas o Brasil teve o controle do jogo. O imponderável não tem como se falar. Era pra terminar 0 a 0 e não deu para entender o que aconteceu ali. Quando o juiz validou o gol, passou o lance no telão e foi mão clara", disse o técnico.

"Nunca aconteceu na história do Brasil ser eliminado com um gol de mão. E não foi só isso, logo no início tiveram algumas faltas, um pênalti. Isso me faz lembrar o que o presidente do Uruguai falou", reclamou mais uma vez fazendo referência à declaração onde o dirigente uruguaio afirmou que a competição estava armada para o México vencer.

Agora a Seleção se prepara para os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro. Se a pressão por uma medalha já era grande, com esse resultado aumenta ainda mais. "A medalha vai ser uma pressão porque o Brasil nunca venceu. Quando você tem uma derrota, sempre tem cobrança. Mas tenho certeza que o torcedor viu o jogo, principalmente o primeiro tempo, e viu como o Brasil foi eliminado. Não foi dentro do futebol".

O Brasil sai da competição tendo marcado gols apenas no Haiti (goleada por 7 a 1). Os haitianos, inclusive, foram eliminados com só esse gol marcado na competição. O treinador afirmou que não tem receio por seu cargo na Seleção. 

"Só temo uma coisa, a morte. Depois da Copa do Mundo estamos tentando uma reformulação. Elogiamos a Alemanha por manter o trabalho por 14 anos e o Brasil em dois anos quer que tudo se resolva fácil. Tem que persistir naquilo que está se fazendo", completou.

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