O Brasil preparava-se para a disputa da Copa das Confederações de 2005 e consequentemente o final das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2006 ia se aproximando. Aquela Seleção Brasileira, que até então só havia perdido uma partida, para o Equador, em Quito, após 13 rodadas disputadas, no dia 5 de junho de 2005, recebia o Paraguai no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre.

Partida esta marcada por reencontros. Primeiro, o paraguaio e zagueiro Gamarra, voltava à Porto Alegre para jogar no estádio onde é ídolo e defendeu o Internacional durante os anos 90. Segundo, o então eleito melhor jogador do mundo, Ronaldinho Gaúcho, voltava para a sua Terra, jogaria diante ao seu povo, onde tudo começou.

A Seleção nunca havia perdido para o Paraguai em solo gaúcho em partidas pelas Eliminatórias. Nas três disputas anteriores, vitórias brasileiras. O time de Parreira tinha por característica uma forma plástica de jogar, sempre buscando o ataque, e assim, por consequência, muitas vezes acabava amassando os seus adversários. Contra o Paraguai, não poderia ser diferente. Logo aos 31 minutos, Roberto Carlos recebeu a bola no flanco esquerdo, efetuou o cruzamento que foi interceptado com a mão pelo lateral Caniza. Pênalti marcado, Ronaldinho na cobrança, bola de um lado, Villar do outro e gol do Gaúcho.

(Foto: Getty Images)
(Foto: Getty Images)

O famoso “quadrado mágico” composto por Kaká, Ronaldinho, Adriano e Ronaldo estava desfalcado. Ronaldo cedeu espaço para Robinho. Tão conhecido pelas suas pedaladas, o até então jogador do Santos e prestes a transferir-se para o Real Madrid, não poderia deixar sua jogada característica de fora da festa. Quando se encaminhava o final do primeiro tempo, o jogador santista recebeu pela ponta, pedalou para cima da marcação e foi tocado. Mais um pênalti assinalado e o segundo gol de Ronaldinho no jogo.

Zé Roberto que já havia acertado o travessão de Villar, aos 25 minutos da segunda etapa aproveitou um erro na saída de bola paraguaia e não perdoou. Bola no ângulo e golaço brasileiro. O Paraguai descontou aos 27, com Roque Santa Cruz. Visando o confronto contra a Argentina na rodada seguinte, que poderia momentaneamente definir o líder da competição, o treinador Parreira começou a modificar a equipe, mas o ritmo não diminuiu. Kaká achou Robinho sozinho, que só tirou do goleiro e anotou o quarto gol brasileiro. O ex-colorado Lúcio ainda foi expulso, mas não havia tempo para mais nada.

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