A defesa é um dos pontos altos na 'Era Tite'. Desde que assumiu como treinador, a seleção brasileira realizou sete jogos e sofreu apenas dois gols - sendo um de falta e outro de pênalti. Com bola rolando, ainda não foi vazada. E um dos responsáveis por essa solidez defensiva é Marquinhos, titular desde a chegada do novo comandante. Neste domingo (26), o zagueiro concedeu entrevista coletiva e dividiu os méritos com seus companheiros.

"Nós estamos bem, mas gosto de responder essas perguntas lembrando do mérito coletivo. Não são só os zagueiros que defendem, mas sim um time inteiro. Começa desde Neymar, Coutinho, fazendo pressão lá na frente, até Casemiro, Paulinho e Renato Augusto fazendo contenção e boa cobertura mais atrás. O conjunto vem sendo muito forte e facilitando a defesa", declarou o zagueiro, titular em todas as sete partidas com Tite nas Eliminatórias.

Contra Paraguai, Marquinhos terá um motivo especial para recordar: a partida será na Arena Corinte jhians, palco do clube onde foi revelado. E vai além: o estádio é localizado em Itaquera, Zona Leste de São Paulo, mesmo bairro do CT onde treinava quando frequentava as categorias de base. O zagueiro comentou sobre as lembranças e espera viver outro final feliz jogando na capital paulista.

"Aqui é minha casa, era o CT da base do Corinthians. Foi aqui onde morei por cinco anos da minha vida. Subia de metrô na estação Itaquera e vinha treinar. Fui formado como homem, jogador, atleta e devo muito ao Corinthians. Voltei ao estádio na Olimpíada e tive boas recordações. Espero ter outro final feliz agora"

A seleção brasileira volta a campo na próxima terça-feira (28), contra o Paraguai, às 21h45, pela 14ª rodada das Eliminatórias, em jogo que pode garantir a classificação matemática na Copa do Mundo 2018. O clima é de euforia, mas Marquinhos prega cautela. O defensor do PSG lembrou das dificuldades recentes em confrontos recentes contra os rojiblancos e destacou o técnico Francisco Arce, que conhece bem o futebol brasileiro.

"O Paraguai é uma seleção difícil de enfrentar, é um time muito guerreiro e que luta bastante dentro de campo. Tivemos jogos complicados contra eles nos últimos anos. O treinador (Francisco) Arce conhece muito bem o futebol brasileiro e vai propôr um bom jogo. Temos que fazer nosso melhor dentro de campo para sairmos vitoriosos"

(Foto: Lucas Figueiredo/CBF)
(Foto: Lucas Figueiredo/CBF)

Confira a coletiva na integra:

- Importância para o jogo contra Paraguai

"Enquanto não se definir nada, temos que manter os pés no chão. Creio que estamos em um bom caminho na estrada e o mais importante da classfiicação é ganhar coesão, confiança e ai sim chegar bem, que chegar na Copa do Mundo"

- Desenvolvimento da equipe

"Na minha carreira, tudo aconteceu bem precoce. Subi para o profissional cedo com 18 anos, cheguei à Seleção cedo, titular bem jovem. Tudo que eu passei, todas as experiências foram válidas e procurei aproveitar o máximo da vida. Todos os técnicos, sem excessão, fizeram bem para minha carreira desde a base. O Tite, o Emery no PSG, cada um tem seu estilo a propor. Basta o jogador aprender com ele"

- Diferença entre os zagueiros

"Creio que cada jogador e cada pessoa tenha sua característica. Eu, Miranda, Gil temos diferentes características, e o brasileiro, todo zagueiro tem a sua qualidade, sua característica diferente"

- Treino fechado

"É difícil esconder alguma coisa. Acho que nosso estilo de jogo não tem nada para esconder, acho que mais privacidade e concentração no treinamento. Acho que foi por esse motivo que teve essa decisão. É difícil esconder alguma coisa, mas o futebol é feito de detalhes e por isso tem que treinar bem, com muuita concentração e tem que fechar"

- Puxões de orelha

"Tite se mantém sempre com os pés no chão. Ele gosta de saber por que venceu e respeitar o adversário e trabalhar firme, dar o máximo e fazer seu jogo. Ele busca passar para o time que a gente tem que merecer vencer e ser humilde, ter os pés no chão"

- Diferença para partida contra Uruguai

"Nenhum jogo é igual. O jogo que te diz isso. O jogo contra o Uruguai foi muita bola aérea, muita disputa no meio de campo e defesa. Creio que o Paraguai vai propror um pouco mais o jogo, mas é ali que tem que saber o que fazer, deixar de fazer"

- Emocional

"Eu procuro sempre ser positivo, na vida é sempre difícil tirar algo positivo como na derrota para o Barcelona contra o PSG, mas é manter os pés no chão e saber que futebol é momento. Há uma semana, a gente ganhou de 4 a 0 e muita coisa boa aconteceu, depois perdemos e coisa ruins vieram. Tem que se manter bem, porque a confiança é difícil de agarrar, difícil de pegar, temos que aproveitar esse momento na Seleção e com os pés no chão"