A noite desta segunda-feira (4) na Ilha do Retiro, em Recife, reserva o confronto de opostos na classificação. Um está no Z-4, de onde ficou de fora apenas por duas oportunidades no certame. O outro, porém, está no ponto máximo, que já ocupa há quatro partidas. Estreando o horário das 20h - determinado pela CBF - em jogo pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro 2016, Sport e Palmeiras medem forças por objetivos distintos.

Visando usar a força da torcida para deixar a zona de rebaixamento, o Leão da Ilha ocupa a 18ª posição, com 12 pontos, e um triunfo o faz chegar ao 10º lugar. Na última rodada, contra o Vitória, teve sua série de três embates sem derrota quebrada, já que foi superado por 3 a 2, inclusive com a expulsão do técnico Oswaldo de Oliveira.

Já o Verdão vive situação levemente mais confortável, pois é o líder e tem, longe de seus domínios, a chance de se isolar ainda mais devido aos resultados dos seus rivais diretos. Na última quinta-feira (30), em pleno Allianz Parque, não se intimidou e goleou o Figueirense por 4 a 0, com show de Gabriel Jesus.

A arbitragem será formada por um trio gaúcho. No apito, Anderson Daronco, membro do quadro da Fifa. Seus auxiliares serão Alexandre Pruinelli Kleiniche e Élio Nepomuceno de Andrade Júnior, do escalão da CBF, e conterrâneos. Esse será o nono compromisso do árbitro no Brasileirão, o segundo envolvendo os paulistas e o primeiro do clube pernambucano.

Sport com uma dúvida para deixar zona da degola

Em momento oposto ao dos últimos anos na elite do futebol nacional, o Sport tem problemas para a partida contra o líder Palmeiras, ainda que conte com o apoio da torcida. Duas ausências são certas no Leão, sendo por motivos diferentes. O goleiro e ídolo Magrão segue vetado pelo DM, com as mesmas dores na coxa que o afastaram do jogo com o Vitória.

O meia-atacante Everton Felipe, expulso contra os baianos, cumpre a automática, com Rogério sendo promovido para fazer a estreia como titular. Outras baixas, contudo no banco de reservas, são do técnico Oswaldo de Oliveira e do colombiano Reinaldo Lenis, suspensos por terem recebido o vermelho. No meio-campo, a única indefinição para definir os 11. O volante Rithely, que ficou de fora do confronto com o Leão da Barra, ainda é dúvida e pode ceder espaço a Serginho, que se recuperou de uma lesão, ou Ronaldo, usado como opção.

Com a chance permanecer na equipe, Agenor - que estreou no revés longe de casa - comemora a oportunidade de manter a sequência. O arqueiro leonino garante estar inspirado em Danilo Fernandes, pois foi contratado para suprir sua saída, e que veio ao rubro-negro com status de reserva e conseguiu se consolidar no time principal.

"Danilo (Fernandes) serve como exemplo e inspiração. A chance que ele teve foi para conseguir coisas maiores. Tenho que dar tempo ao tempo, pois Magrão é titular, porém farei meu papel para ajudar enquanto ele não está jogando. Quando a gente chega em uma equipe nova, demora um pouco para se entrosar", declarou o camisa 12.

Palmeiras tem zagueiro estreante e força máxima para seguir líder

Buscando permanecer na liderança e melhorar o retrospecto fora de casa no Brasileirão, o Palmeiras tem desfalques. Os volantes Arouca e Gabriel, assim como o atacante Allione, retornam de lesão e já estão no processo de transição. Em compensação, o zagueiro Edu Dracena e o lateral-esquerdo Egídio estão machucados e foram vetados. Pego pelo doping, o centroavante Alecsandro é outro jogador que não fica à disposição.

Por não contar com o experiente defensor para o jogo, Cuca promove o recém-contratado Yerry Mina, que estava jogando no Santa Fe-COL e vai fazer a estreia. Jean, que volta de contusão, deve ganhar a vaga de João Pedro na lateral-direita, colocando Tchê Tchê no meio-campo ao lado de Moisés - na cabeça de área - e Cleiton Xavier - na armação. De resto, a base alviverde será mantida, com Prass no gol, Vitor Hugo na zaga e Zé Roberto na ala esquerda, enquanto Róger Guedes, Dudu e Gabriel Jesus formam o trio ofensivo.

Capitão do Verdão, Fernando Prass reconhece a sequência intensa de partidas, destacando o pouco tempo de recuperação do próprio time. O arqueiro, porém, exalta a necessidade de superar as adversidades, afim de manter a série positiva e permanecer com a mesma pegada, até mesmo longe de seus domínios.

"Uma das coisas que temos de manter é a intensidade de jogo, mas com esse calendário é difícil. Você corre 13 quilômetros num jogo e daqui a pouco viaja para Recife, uma viagem longa, para jogar de novo. Não temos tempo de recuperação e alguns jogadores já sentem mais que os outros. Com isso, essa intensidade é perdida", afirmou o goleiro.

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Sobre o autor
Mateus Schuler
Jornalismo e admirador do futebol. Sofre por Flyers, Jaguars, Suns e Basel, não necessariamente nessa ordem. Fã de rock e esportes em geral. Insone