A Polícia Civil concluiu o inquérito envolvendo o atacante do Sport Juninho, 18 anos, e a ex-noiva. No processo encaminhado para o Ministério Público de Pernambuco, nesta terça-feira (7), o jogador responde pelos crimes de vias de fato, violência doméstica, injúria e ameaça. Juninho nega as acusações. 

O jogador foi preso em outubro deste ano, após a vítima de 20 anos, alegar que ele a ameaçou com uma faca, a agrediu e a trancou em um dos quartos do apartamento dele, no Recife. Na época do flagrante, Juninho foi liberado depois de pagar fiança no valor de R$ 10 mil.

O advogado do jogador, Ernesto Cavalcanti, informou que aguarda a intimação do Ministério Público para dar início ao processo de defesa. Contudo, garantiu que, em juízo, provará a inocência do seu cliente. "Vamos provar que muitas dessas coisas que a mulher fala não são verdadeiras. História de que teria ameaçado com uma faca, aquela história de ele teria deixado em cárcere privado. Na verdade, quem procurava ele era ela. Mas isso, no momento oportuno, vamos provar. Acho que nesses próximos 60 dias, dentro desse prazo, ele será intimado”, disse.

Já o Sport, o vice-presidente jurídico, Lêucio de Lemos Filho, disse, por telefone, que o clube fará um trabalho de recuperação da sua base.

 “O clube, naturalmente, não pode compactuar com o ato do atleta. Além de rejeitar e repelir. No entanto, por ser um atleta do clube, será dada a assistência. Assistência no sentido de reintegração, recuperação. Examinaremos, internamente, alguma punição que ele merecerá no sentido de uma reeducação, vamos dizer assim. O clube não pode compactuar com violência nem no estádio e nem doméstica, muito menos um ato de violência contra a mulher. Estamos aguardando os acontecimentos, embora já tivéssemos tomado algumas iniciativas no sentido dessa assistência psicossocial ao atleta. Mas não no sentido de nos solidarizarmos com ele. Mas, evidentemente, como patrimônio do clube, nós teremos que submetê-lo a um procedimento que resultará em uma punição disciplinar”, finalizou.