O Vasco venceu a terceira seguida na Série B e manteve os 100% de aproveitamento na competição. A equipe cruzmaltina derrotou o Vila Nova-GO por 2 a 0, com uma atuação sólida do começo ao fim. A equipe goiana se mostrou a mais bem preparada a enfrentar o Vasco até agora. Com meio campo bem montado, chegou a assustar o clube carioca por algumas vezes, mas não conseguiu manter a estratégia da pressão na marcação, cedendo espaços na segunda etapa.

Com o triunfo, o Gigante da Colina chegou aos 9 pontos ganhos, assumindo novamente a liderança da competição. Empatado com o Atlético-GO, os cariocas levam vantagem no saldo de gols, o segundo critério de desempate. Já o alvirrubro goiano amargou a segunda derrota consecutiva, após ser superado na última rodada pelo Náutico, no Recife. No momento, o time comandado por Rogério Mancini ocupa a 14ª colocação.

Na próxima rodada, o Vasco tem confronto marcado contra o Bahia. A partida acontecerá no Estádio de São Januário, às 16h30 do próximo sábado (28). No mesmo dia, mas às 16 horas em ponto, o Vila Nova entra em campo para o primeiro clássico da Série B. Como visitante, os alvirrubros terão pela frente o arquirrival rubro-negro e atual vice-líder, Atlético-GO.

Jogo foi aberto em primeiro tempo sem gols, porém com bom futebol

A partida mal tinha começado e o Vasco já tentava fazer pressão sobre a equipe do Vila Nova. A torcida, presente em número baixo, mas em maioria vascaína, empurrava a equipe, que ainda não havia vencido na Capital Federal. O Vila Nova, por sua vez, tinha sua estratégia bem armada. Diferentemente do que se poderia acreditar, os goianos não foram a campo para se defender. Quando pressionada, a equipe de Rogério Mancini fechava os espaços, e quando possuía a bola novamente, partia rapidamente nos contra-ataques, assustando e por vezes levando perigo ao gol defendido por Jordi.

A primeira chance clara da partida foi do Vila Nova. Após falha defensiva da equipe vascaína, na saída de bola, os alvirrubros ensaiaram um calor em busca do gol, mas sem sucesso. O Vasco era perigoso por cima, e aos 20’, Rodrigo cabeceou com muito perigo, quase abrindo o marcador.

No minuto seguinte, Madson, que retornara de lesão, voltou a sentir o musculo da coxa direita. Rapidamente, Jorginho colocou Eder Luís em seu lugar, puxando Pikachu para a latera direita, numa clara tentativa de manter o poder ofensivo da equipe, fragilizado com o desfalque de Andrezinho, também por lesão.

A melhor chance da primeira etapa veio dos pés de Eder Luís. Aos 30’, após passe em profundidade de Nenê, o atacante, que ficou cara-a-cara com Edson, cruzou, buscando Thalles, que parecia mais livre pelo meio, mas o defensor se recuperou muito bem, cortando a bola e evitando o que certamente seria o primeiro gol vascaíno.

Três minutos depois, Júlio Cesar conseguiu boa trama com Nenê, pela esquerda, invadiu a área e chutou nas mãos do goleiro, ignorando Thalles que, relativamente desmarcado, pedia bola na altura da marca do pênalti.

O Vila Nova começava a sentir a pressão vascaína e, num último suspiro no primeiro tempo, Vandinho chutou forte, Jordi defendeu e no rebote, Fabinho tentou um chute de rara felicidade, de primeira, quase que como um voleio, mas para fora, desperdiçando uma boa chance para a equipe de Goiás.

Segundo tempo melhora, Vila Nova cansa, da espaços e Nenê decide para o Vasco

A segunda etapa começou com o Vila no ataque. Como se tentasse resolver o mais rápido possível, a equipe de Mancini começou a atacar o Vasco com tudo, desde os primeiros segundos. Porém, uma confusão isolada entre poucos torcedores na parte superior das arquibancadas fez com que a polícia tivesse que usar spray de pimenta. Após alguns segundos, os efeitos do gás foram sentidos dentro de campo, obrigando o árbitro a paralisar a partida por aproximadamente três minutos. Na retomada, o Vasco voltou mais ligado e, logo nos primeiros minutos, começou a pressão que duraria por quase toda a segunda etapa.

Aos 7 minutos, Nenê chutou de fora da área. Com o desvio na zaga, a bola passou perigosamente próxima a meta do goleiro Edson. A essa altura, o Vila já não tinha o mesmo poder de marcação da primeira metade de jogo. Cansados, os atletas já não cobriam os espaços com a mesma qualidade.

O Vasco então, começou a usar uma das suas melhores armas, a jogada aérea. Desta forma, a equipe já venceu várias partidas no ano, e foi assim que Edson começou a trabalhar de fato. Primeiro com os olhos, após o desvio de Marcelo Mattos, que ia para fora, mas Luan quase conseguiu empurrar para a rede, e depois, novamente com Mattos, mas desta vez, em cabeçada certeira, na direção do gol. Uma defesa providencial.

Aos 21’, a melhor chance do Vila Nova na segunda etapa. Após rápido contra-ataque, a defesa vascaína cortou o passe, mas entregou nos pés de Robston, que de fora, chutou de primeira, no ângulo, mas Jordi, em grande fase, “voou” e fez uma ótima defesa.

Quando o persistente zero parecia que não sairia mais do placar, Nenê resolveu chamar a responsabilidade. Em jogada rápida e habilidosa na ponta esquerda, o “camisa 10” deu belo drible no marcador, que o derrubou. O árbitro marcou pênalti, posteriormente convertido pelo próprio Nenê. Vasco 1 a 0.

Alguns minutos depois, Luan recebeu na quina da grande área e foi derrubado. Jogadores e comissão técnica vascaínos pediram pênalti, mas a infração foi assinalada no exterior da área. O que não foi um problema para o Vasco, já que em lance plástico, Nenê cobrou falta com pouco ângulo, “acordando a coruja” e marcando o segundo gol do Vasco no jogo.

Após isso, só restou tempo para a lambança da arbitragem no último lance de jogo, onde Jean Carlos, que puxava contra-ataque, foi derrubado por Nenê. O atleta do Vila Nova não gostou da entrada do vascaíno e foi para cima, querendo briga. Diguinho entrou para apartar a confusão e foi punido pelo árbitro. Saldo da confusão: cartões vermelhos para Jean Carlos e Diguinho, que não jogam na próxima rodada, e amarelo para Nenê, pela falta que “matou o contra-ataque”.

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