Se não bastasse a crise política que vive o Vasco, a equipe ainda estreou com derrota para o Bangu pelo Campeonato Carioca. Com mudanças em praticamente todo o sistema defensivo, mas nomes conhecidos do meio para a frente, a atuação dos vascaínos foi apática, culminando em uma derrota por 2 a 0, e deixou apreensivos os torcedores para a continuidade da temporada.
Impaciente à beira do campo, Zé Ricardo, treinador vascaíno, demonstrou bastante insatisfação com a apatia da equipe e utilizou todas as cinco substituições no segundo tempo de partida.
"Sabíamos que não ia ser fácil essa estreia. Encaramos os quatro primeiros jogos como fase da nossa preparação para estarmos na melhor forma", disse o comandante cruzmaltino.
Outro detalhe sobre a partida foi o fato de ela ter ocorrido com os portões fechados, por decisão do já ex-presidente Eurico Miranda, chegando a ser cogitado o adiamento desse e do duelo da próxima rodada, no domingo, contra o Nova Iguaçu, que também não terá presença da torcida.
"Todos nós fomos pegos de surpresa [com portões fechados]. Vamos passar por mais isso aí. Joguei em são Januário com mais vezes de portões fechados do que abertos. Espero que depois de domingo tiremos isso definitivamente do nosso dicionário", disse o treinador.
Com muitos atletas da base sendo aproveitados na equipe principal, Zé também falou sobre a estreia do zagueiro Ricardo Graça, que formou a dupla de zaga titular com o recém-contratado Luiz Gustavo.
"Ricardo cumpriu todas as etapas na categoria de base com rendimento muito bom, não tem por que não acreditar que ele vai começar a jogar bem e apresentar o futebol que ele tem". Ainda assim, o treinador admitiu que os titulares devem mesmo ser Breno e Erazo, quando estiverem em forma.
"Sabemos que temos compromissos para cumprir. Nosso ambiente é nossa maior fortaleza aqui dentro. A gente espera manter para no dia 31 dar um passo importante para classificar na Libertadores, porque foi um objetivo muito doloroso que a gente conquistou com muito suor", finalizou Zé Ricardo, pontuando a turbulência pela qual o grupo vem passando, por conta dos fatores externos, e a importância da classificação para a próxima fase da Libertadores, que será decidida em menos de um mês.