O 'Aviador' como é conhecido foi fundado em 24 de Novembro de 1949 por um grupo de trabalhadores de uma empresa chamada Lloyd Aéreo Boliviano. Eles queriam que um time representasse esta empresa, suas cores eram o azul celeste e o branco - hoje segundo uniforme do time e mantido no escudo. O nome foi mudado posteriormente em homenagem ao primeiro piloto comercial da Bolívia.

Títulos

O Jorge Wilstermann tem 13 títulos bolivianos, são eles em 1957, 1958, 1959, 1960, 1967, 1972, 1973, 1980, 1981, 2000, 2006- Clausura, 2010-Apertura, 2016-Clausura (de 1980 em diante na era profissional) e quatro vezes campeão da Copa Simón Bolivar (1960, 1967, 1972 e 1973) que foi o primeiro torneio oficial da Bolívia. A última edição aconteceu em 1976, no ano seguinte os clubes bolivianos procurando a profissionalização criaram sua própria liga, em 1989 a Federação Boliviana voltou com esse torneio, mas como a segunda divisão do país. Nas décadas de 1960 e 1970 esse campeonato que dava vaga para a Copa Libertadores. O Wilstermann é o maior campeão (do formato antigo) com 4 conquistas.

Participações em Libertadores

O time de Cochabamba é o quarto time boliviano com mais participações, atrás de Bolivar, The Strongest e Oriente Petrolero respectivamente. São ao todo 18 participações, ao lado de três gigantes brasileiros: São Paulo, Grêmio e Palmeiras.

Ele também foi o primeiro time da Bolívia a disputar a Libertadores, em 1960 na primeira edição o Aviador chegou para a disputa por ter sido campeão da Copa Simón Bolivar e pegou logo de cara o Peñarol, o grande time da época e viria a ser o campeão daquela edição da Libertadores. 6 a 1 em Montevideo, a partida de volta seria por mera formalidade.

Soberano na Bolívia, o Jorge Wilstermann, vindo do tetracampeonato nacional (1957, 1958, 1959 e 1960), tentou em 1961 apagar a péssima imagem deixada no ano anterior pela competição continental. Dessa vez, o rival foi o Independiente Santa Fé da Colômbia que tinha desbancado o Barcelona de Guayaquil na fase preliminar. O confronto, embora bem mais equilibrado, não teve final feliz para os bolivianos. Depois de fazer 3 a 2 em casa, derrota pelo placar mínimo em Bogotá. Nada de aumentar o peso do gol marcado fora de casa ou cobranças de pênaltis. O critério de desempate (com exceção das finais, decididas em jogos-extras) era o sorteio, que beneficiou os colombianos.

O Wilstermann caiu na primeira fase em 1966, 1968, 1973, 1974, 1975 e 1979. Em 1981, enfim, uma campanha digna. Liderados por Jairzinho, o Furacão da Copa do Mundo de 1970, e o desconhecido brasileiro Bendelack, o time ganhou o Grupo F, deixando para trás The Strongest e os equatorianos do Tecnico Universitario e Barcelona de Guayaquil.

Pela fase seguinte, o Jorge Wilstermann disputou um triangular com Flamengo e Deportivo Cali (Colômbia). Avançar ao segundo estágio já era lucro e os bolivianos penaram: arrancaram um empate em casa contra os colombianos e perderam o resto. Não tinham muito o que fazer contra Zico, Nunes, Andrade, Júnior e companhia nada limitada, que conquistariam naquele ano a América e o mundo. Essa inclusive é a melhor participação do time boliviano. Outra performance relevante ocorreu só 18 anos mais tarde. Em 1999 o Wilstermann soube aproveitar o generoso regulamento, que classificava três dos quatro clubes de cada chave para as oitavas de final. Passou no Grupo 5 justamente em terceiro lugar, atrás da LDU e Emelec ambos do Equador, eliminando o conterrâneo Blooming. No mata-mata, teve o Corinthians pela frente. O empate em 1 a 1 em Cochabamba manteve os andinos vivos na disputa. Na volta, mal viram a cor da bola, 5 a 2 no Pacaembu para o Timão.



Brasileiros no Jorge Wilstermann

Quatro nomes bem familiares aos torcedores brasileiros já vestiram a camisa do Jorge Wilstermann. Jairzinho jogou entre 1980 e 1981. Dez anos mais tarde, quem se despedia de Cochabamba era Josimar, lateral-direito da seleção brasileira no Mundial de 1986, após dois anos de contrato. O folclórico Túlio Maravilha, contratado para o primeiro semestre de 2004, balançou as redes em 24 ocasiões nas 29 partidas em que foi a campo. Hoje quem joga por lá é o zagueiro Alex Silva 'Pirulito' ex-São Paulo e Flamengo.

Contudo o brasileiro com a melhor passagem por lá é pouco conhecido, se trata de Thiago Leitão, meia revelado pela Ponte Preta no final da década de 1990. Ao não se firmar na 'Macaca', nem no Ceará, aceitou proposta do time de Cochabamba em 2002 e por lá permaneceu por três temporadas. Ao todo, anotou 44 tentos e está entre os sete maiores goleadores da história da equipe.

Curiosidades

É o único clube boliviano tetracampeão nacional (1957, 1958, 1959 e 1960).
Foi a primeira equipe boliviana a participar da Copa Libertadores e a passar para sua segunda fase em 1981.
O primeiro jogo narrado por Galvão Bueno para a TV Globo foi na partida entre Flamengo e Jorge Wilstermann, pela Libertadores de 1981.
Em 2010 o clube boliviano conseguiu um feito histórico ao ser campeão e rebaixado ao mesmo tempo, isto se deu devido ao regulamento do campeonato que usa o sistema de média de pontos dos três últimos campeonatos.
Foi a primeira equipe boliviana a eliminar um clube brasileiro na fase de mata-mata da Libertadores.